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Microsoft quer alavancar lojas próprias e pode afetar canais

As lojas de varejo da Microsoft, que já somam mais de 100 em diversos países, são ótimos locais para conferir lançamentos em software e hardware dos fornecedores e seus parceiros OEM, incluindo tablets com Windows 8 e o híbrido de tablet/PC Surface 3.
Durante os próximos meses, essas lojas se tornarão lugares em que as pessoas poderão comprar planos de licença por volume para o Windows, Office, SQL Server e outros produtos. A informação foi divulgada por fontes próximas à Microsoft, que concordaram em falar à CRN norte-americana sob a condição de anonimato.
Além do mercado consumidor
A Microsoft está no meio de uma grande expansão em suas lojas de varejo. Mais de 13 novas unidades foram anunciadas para os próximos meses. Na última quarta-feira (6), o jornal New York Daily News publicou que a Microsoft está em negociações inclusive para abrir uma delas na Fifth Avenue, em Nova York, a primeira na cidade.
Cerca de 50 destas lojas possuem o que a Microsoft chamada de “especialistas em desenvolvimento de negócios”, que são os representantes que lidam com averiguações relacionadas aos negócios nas lojas.
Atualmente, quando um cliente chega a uma loja da Microsoft com questionamentos sobre licenças, os especialistas reúnem suas informações e as repassam para um distribuidor, que será o responsável por fornecer um orçamento. Em alguns casos, os especialistas passam a negociação para parceiros Microsoft.
Segundo fontes próximas a revendas, em algum momento durante o ano fiscal de 2015 da Microsoft, e possivelmente mais cedo do que este trimestre, os especialistas da Microsoft estarão gerenciando requisições de licenças por volume diretamente nas lojas e fornecendo para os clientes com cotações direto no local.
Ainda de acordo com as fontes ouvidas, a Microsoft informou aos gerentes de suas lojas os seus planos e afirmou suas metas para tornas as lojas de varejo mais rentáveis. A Microsoft nunca havia compartilhado seus números de receita para suas lojas desde que a primeira foi aberta, em 2009.
Repercussão
Um assessor de imprensa da Microsoft não quis responder aos questionamentos da CRN sobre as mudanças e nem determinar quando ou se elas iriam acontecer, citando a política interna da companhia de não responder a “rumores ou especulações”.
Segundo fontes, porém, especialistas da Microsoft irão vender produtos já disponíveis sob “Open License”, um plano de licenças por volume para negociações acima de 250 usuários que são vendidas exclusivamente pelos canais parceiros da Microsoft.
Office, Office 365, licenças de acesso para clientes Windows, SQL Server e Windows Server são exemplos de produtos que os parceiros comumente vendem por meio de Open License.
A Microsoft permite que apenas um pequeno grupo dos seus maiores parceiros, que eles chamam de “Fornecedores de soluções por licenças”, realize negociações de licenças por volume superiores a 250 assentos.
Ter os especialistas da Microsoft gerenciando os negócios de licenças por volume iria ter um impacto relevante nos canais da Microsoft, pois todos os seus pequenos e médios parceiros fazem dinheiro com as vendas de licenças de software da empresa. Isto também iria mostrar que as ambições da Microsoft para as suas lojas se estendem além do mercado consumidor.
Os parceiros da empresa têm muitas dúvidas sobre a mudança. Algumas lojas repassam negócios para parceiros há muito tempo, mas algumas fontes disseram à CRN que isso pode terminar com a nova medida. Os parceiros sairiam perdendo? Essa é a questão que fica no ar.
O COO da Microsoft, Kevin Turner, sugere que os parceiros levem prospects e clientes às lojas para demonstração dos produtos. Mas não fica claro se isso deve continuar. Hoje, os parceiros detém de 10% a 15% do valor das vendas, em média, dos produtos. Com as lojas vendendo diretamente, como isso será afetado?

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