Meta admite que pode desligar Facebook e Instagram na Europa
Em nova polêmica sobre proteção de dados, empresa disse que a impossibilidade de transferência de dados a prejudica financeiramente

A Meta e a Europa entraram em uma nova discussão sobre política de dados. Um relatório preliminar da Comissão de Proteção de Dados da Irlanda afirmou que a transferência de dados de europeus que utilizam as redes sociais não está em conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia. Com isso, a empresa declarou em seu relatório anual que “se não pudermos transferir dados entre países e regiões em que operamos, ou se formos impedidos de compartilhar dados entre nossos produtos e serviços, isso poderá afetar nossa capacidade de segmentar anúncios, o que pode afetar adversamente nossos resultados financeiros”.
O documento cita diversas iniciativas da Europa contra a transferência de dados e afirma que “se uma nova estrutura de transferência de dados transatlântica não for adotada e não pudermos continuar a contar com SCCs ou contar com outros meios alternativos de transferência de dados da Europa para os Estados Unidos, provavelmente não poderemos oferecer vários de nossos produtos e serviços mais significativos, incluindo Facebook e Instagram, na Europa, o que afetaria material e adversamente nossos negócios, condição financeira e resultados operacionais”.
A companhia também citou outras leis de privacidade, como a Lei de Privacidade do Consumidor da Califórnia e até a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. E frisa que essas iniciativas acabam limitando como o grupo pode usar informações pessoais. Para a Meta, esses regulamentos podem levar a “resultados desfavoráveis”, além de afetar negativamente o desenvolvimento de novos produtos.