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Somente 0,46% dos sites brasileiros são acessíveis, dentro de um universo de 21 milhões de páginas ativas. Apesar disso, 95% dos PCDs entrevistados pela ThoughtWorks costumam comprar online. Esses e outros dados foram tema da palestra “Acessibilidade digital para negócios e tecnologia”, realizada no evento XConf Brasil, realizado nesta quarta (17).
A baixa porcentagem, além de diminuir a inclusão e afastar possíveis clientes, esbarra na Lei Brasileira de Inclusão. De acordo com Julia Bezerra, designer de produtos da ThoughtWorks, é obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no país ou por órgãos do governo.
“Acessibilidade digital consiste em tornar disponível todas as informações, de míveianeira autônoma, ao usuário da forma que lhe for acessível e sem comprometer com entendimento do conteúdo”, complementa Isabel Mendes, analista de qualidade da ThoughtWorks.
Ao pensar em uma plataforma acessível, a empresa é capaz de atingir positivamente 6 milhões de PCDs no Brasil, que representam 24% da população (deficiência auditiva, visual, motora ou cognitiva, 28 milhões de idosos e 11 milhões de analfabetos.
“São 1,85 bilhões de PCDs no mundo (número que corresponde à população da China, EUA e Japão juntas), porém se a gente for pensar no impacto na marca e no consumo não são apenas essas pessoas que deixaram de comprar. É um impacto muito maior, de 3,3 bilhões de pessoas, porque quem está em torno das pessoas com deficiência também deixarão de comprar”, alerta Isabel.
Julia exemplifica, também, como a tecnologia pode ser positiva para pessoas com deficiência. Os autistas, muitas vezes, precisam de pontualidade em toda a sua rotina. A Alexa auxilia nesse processo ao avisar, por exemplo, o horário correto do café da manhã ou do banho.
“Ao envelhecer, normalmente perdemos parte da audição e da visão. Por isso, aumentar a tipografia ou o brilho da tela do dispositivo é tão importante. Já as pessoas cegas, para terem acesso a informações visuais, precisam de uma tecnologia chamada leitor de tela – que dá um feedback auditivo do que está na tela”, afirma a designer de produtos.
Por fim, as especialistas dão quatro dicas para as empresas que querem iniciar a jornada à acessibilidade:
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