Até pouco tempo, a história de Katherine Coleman Johnson, física e matemática da Nasa, era desconhecida. Depois do filme “Estrelas Além do Tempo” o mundo foi apresentado oficialmente à Katherine e um grupo de mulheres negras, que quebraram paradigmas em uma época de severa segregação racial e preconceitos. Ela foi crucial no programa espacial dos Estados Unidos, tendo sido responsável pelos cálculos que levaram o Apollo 11 para a lua.
Agora, Katherine fará parte também da trajetória da Infor, que decidiu batizar sua plataforma de inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) de Coleman. Anunciada durante seu evento anual, realizado nesta semana em Nova Iorque (EUA), o Infor Coleman promete uma verdadeira revolução no mercado de AI.
Duncan Angove, presidente da Infor, contou que a plataforma minera dados e usa o poder do aprendizado de máquina para aprimorar processos, como gestão de inventário, rotas de transporte e manutenção preditiva. A tecnologia também provê recomendações e conselhos para ajudar usuários a tomar melhores e mais rápidas decisões de negócios.
“Usamos inteligência artificial e aprendizado de máquina todos os dias. Veja o Netflix, por exemplo, ele recomenda filmes com base no seu gosto usando machine learning. AI se tornou convencional e está tornando nossa vida mais fácil”, observou o executivo.
Angove explicou como funciona a tecnologia da Infor. Segundo ele, Coleman usa linguagem natural, processando e reconhecimento imagens para escutar, falar e ajudar pessoas a usar a tecnologia de forma eficiente. “A solução amplia e simplifica o trabalho”, comentou, completando que ela provê informação, executa atividades, é rápida, eficiente e inteligente.
“Imagine fazer perguntas como ‘Coleman, crie uma requisição para o item X’, ou ‘Coleman, mostre-me as vendas do mês e a anual’ e o sistema atuar com base nas suas demandas? Assim é o Infor Coleman.” Outro exemplo citado por ele para o uso da tecnologia é conectá-la a máquinas com internet das coisas (IoT) para medir temperatura e prever falhas antes mesmo de elas acontecerem. Segundo a empresa, a primeira aplicação pronta para o Coleman é a manutenção preditiva. Porém, outras aplicações serão agregadas em breve.
O executivo apontou que, da mesma forma que o Netflix aprende o gosto de seus clientes e recomenda filmes, o Coleman entende processos da empresa, gerando insights com base em uma quantidade gigantesca de dados. O diferencial, de acordo com ele, está no fato de que a tecnologia é uma inteligência artificial especializada em verticais.
O CEO da Infor, Charles Phillips, adicionou que a companhia consumiu muitos anos automatizando processos e o caminho natural era impulsionar as capacidades de machine learning da empresa para acesso a grandes quantidades de dados e organização estrutural de processos.
Phillips, famoso pela frase “Amigos não deixam amigos construírem data centers”, reconheceu que diferentemente de grande parte da indústria a solução de inteligência artificial da Infor chegou depois de outras companhias. Mas não foi ao acaso. “Por que agora? Às vezes é preciso tempo para maturar a ideia. E no nosso caso, são soluções específicas para indústrias, o que nos deixa um passo à frente de concorrentes”, justificou.
De olho no mercado
Lisandro Sciutto, diretor sênior de produto da Infor, contou, em conversa com o IT Forum 365, que o mercado começa agora a adotar tecnologias de inteligência artificial, sendo hoje um momento propício para apostar na solução, podendo gerar novas receitas para as companhias.
Ele apontou que o potencial do Infor Coleman é enorme nas empresas. Segundo ele, será possível que a tecnologia identifique as condições de uma linha de montagem, mapeando se há necessidade de manutenção. “Então, ele gera uma ordem de trabalho e já indica qual dia é o melhor para parada, com base em dados de produção e entrega”, exemplifica. No momento, disse, a plataforma está aprendendo para tomar decisões por contra própria.
*A jornalista viajou a Nova Iorque (EUA) a convite da Infor
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