Mais de 40% das empresas têm 1 mil ou mais arquivos sensíveis abertos a todos os funcionários
Segundo estudo da Varonis, em média, 21% das pastas estão acessíveis a todos

A Varonis lançou um relatório com insights preocupantes sobre o quão crítica é a superexposição e a falta de proteção de arquivos e e-mails em empresas em todo o mundo. Segundo o levantamento Data Under Attack: 2018 Global Data Risk Report, em média 21% das pastas no ambiente corporativo estão acessíveis a todos os empregados, e 41% das empresas têm ao menos 1.000 arquivos sensíveis abertos a todos os seus funcionários.
O estudo considerou respostas de 130 organizações, incluindo empresas clientes e potenciais clientes, em mais de 50 países, incluindo o Brasil – uma amostra representativa de mais de 30 segmentos e tamanhos de indústria. A Varonis analisou mais de 5 bilhões de arquivos, mais do que o dobro do número do relatório divulgado em 2017, com uma média de 36.242 usuários, 3.531.978 pastas e 48.051.109 arquivos por empresa participante.
Há uma série de problemas que geram uma série de riscos como violações de dados, ameaças internas e ataques de ransomware. Entre as principais falhas identificadas no relatório estão os grandes grupos de acesso ou os grupos globais de acesso, em que muitos funcionários acabam tendo pista livre para muitos dados sensíveis. De acordo a Varonis, 58% das empresas têm mais de 100 mil pastas abertas a todos os funcionários.
Dados obsoletos e senhas que nunca expiram
O problema dos dados obsoletos e sensíveis regulamentados por padrões como GDPR e PCI também gera desafios para as empresas. De acordo com a pesquisa da Varonis, em média 54% dos dados das empresas são obsoletos, gerando uma série de custos de armazenamento e complicando a gestão da informação. Outra descoberta do estudo é de que 46% das empresas têm mais de 1.000 usuários com senhas que nunca expiram.
Carlos Rodrigues, vice-presidente da Varonis para a América Latina, afirma que as empresas estão atoladas em dados desprotegidos, com pouca noção dos riscos disso. Os hackers aproveitam falhas de segurança para ganhar acesso a sistemas desprotegidos e arquivos sensíveis. Fingindo ser usuários comuns, tentam obter informações críticas para obter ganhos econômicos, pessoais e até políticos, explica o executivo da Varonis.
“Basta um único vazamento para que uma empresa vire notícia, e temos visto milhares de pastas com dados sensíveis e confidenciais em risco nos risk assessments que executamos. Assim como temos visto casos em que um único servidor desatualizado pode causar desastres, uma única pasta desprotegida é o suficiente para colocar o negócio em risco, e não é preciso ser um expert para fazer isso”. argumentou. Entretanto, há solução.
“Um modelo de privilégios mínimos, em que os usuários devem ter acesso apenas aos recursos de que precisam para trabalhar, pode limitar drasticamente os danos causados por hackers e ameaças internas. Quando o acesso aos dados é limitado apenas aos usuários que realmente precisam deles, os hackers também ficam limitados aos recursos de que a conta comprometida dispõe, reduzindo os potenciais danos”, explica Rodrigues.