A nuvem deixou de ser tendência e já é realidade para muitas empresas. Esse é o caso das brasileiras Magazine Luiza e Vtex, companhia de infraestrutura de e-commerce, e da alemã Rocket Internet, especializada em startups de internet. Há alguns anos, essas organizações iniciaram suas apostas no modelo e colhem agora os benefícios da estratégia.
A varejista Magazine Luiza começou a enxergar o potencial da nuvem em meados de 2012, quando criou a Luiza Labs, negócio de tecnologia oriundo da área de pesquisa e desenvolvimento da empresa. André Fatala, gerente de P&D do Magazine Luiza, explica que o primeiro projeto da unidade totalmente baseado em nuvem da Amazon Web Services (AWS) foi o site móvel, seguido do social commerce batizado de Magazine Você que permite a criação de lojas de e-commerce baseadas nos produtos do Magazine Luiza. “Desenvolvemos o Magazine Você em quatro meses e hoje são 160 mil pessoas vendendo produtos”, contabiliza.
De lá para cá, a área desenvolveu centenas de projetos e cresceu de duas pessoas para 75. Somente em 2015, até o momento, foram 30 projetos desenvolvidos, todos na nuvem, sendo o mais recente deles a plataforma de pagamento. “Claramente, a cloud nos permitiu crescer. Não queremos nos preocupar com infraestrutura e assim focamos na evolução de nossos produtos”, explicou o executivo para a quem a AWS é mais do que um fornecedor, mas sim um parceiro.
Com o Black Friday chegando, Fatala relata que o Magazine Luiza já está pronto para a data, graças à nuvem. “Estamos nos preparando para a ocasião desde agosto e nossa estratégia não é ser porteiro, ou seja, limitar os acesso. Nossa aplicação vai escalar para atender a todos”, relata.
Nos últimos anos, Fatala conta que os grandes focos da área têm sido mobilidade e big data e que nesse cenário a nuvem tem contribuído sobremaneira. “Fazemos, por exemplo, análises para as áreas de negócios e conseguimos personalizar o atendimento, algo muito parecido com o que faz a amazon.com.”
Expansão
Com cerca de 200 clientes no Brasil, a Vtex iniciou parceira com a AWS em 2012 e, hoje, 95% de sua infraestrutura está na nuvem. A empresa, que atende 13 países na América Latina, tem na cloud a base de seu negócio que atende os maiores varejistas da região.
E por que a escolha da AWS? “Há algumas semanas Satya Nadella [CEO da Microsoft] me fez essa pergunta e eu respondi: porque eles têm níveis de serviços e códigos que a Microsoft ainda não tem”, comenta, completando que como a AWS foca em serviços de base estrutural e com isso a Vtex pode economizar tempo na construção das camadas de cima.
A agilidade da nuvem e a base da AWS faz com que a Vtex seja mais competitiva do que outras empresas, acredita o executivo, e entregue projetos mais rapidamente. Para se ter uma ideia, o go to market de um projeto da companhia é de quatro meses. “As companhias enxergam isso. A Sony, por exemplo, nos contratou para um projeto em seis países da América Latina”, diz. Para o próximo ano, Faria relata que a ideia da organização é ampliar os horizontes, muito em função da nuvem. “Vamos ter presença no Canadá e outro lugar do mundo, ainda em definição”, adianta.
Base do negócio
Na Rocket Internet, a nuvem é a base do negócio. Atualmente, a empresa tem dez startups em seu portfólio de investimento no Brasil, como Dafiti, Easy Taxi, ClickBus e hellofood, todos essencialmente baseados em cloud.
Fabricio Pettena, COO da Rocket Internet, aponta que atualmente a empresa tem centenas, podendo chegar até a milhares, de servidores na AWS. “Existe uma vantagem competitiva grande com o modelo. Conseguimos escalar à medida que fomos para a nuvem e suportar o triplo de startups com o mesmo número de headcounts”, detalha.
*A jornalista viajou a Las Vegas (EUA) a convite da AWS
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