Lactalis adere à nuvem e mira uso de tecnologias emergentes

A Lactalis, multinacional francesa de produtos lácteos, é mais uma empresa que aposta suas fichas na computação em nuvem. A companhia, que detém o controle da Parmalat, migrou toda sua infraestrutura para cloud em busca de agilidade e redução de custos.

Analy de Magalhães, diretora de TI da Lactalis, comenta que a “gota d’água” para a decisão de migrar foi em meados de 2016, quando a companhia concluiu a aquisição de divisão de lácteos da BRF. A compra trouxe marcas como Batavo e Elegê para o portfólio da companhia, o que, consequentemente, aumentou a demanda por uma infraestrutura de TI mais robusta.

A executiva lembra que a união das empresas misturou realidades diferentes e era necessário uma padronização e atualização urgente. “Foi quando começamos a jornada de migrar tudo para a nuvem, em janeiro de 2016”, diz.

Outro problema apontado por Analy é que eram diversos provedores e contratos engessados. A solução foi buscar um provedor único que pudesse conduzir o projeto como um todo. A escolhida foi a Accenture, que tem conduzido o projeto.

Analy de Magalhães, diretora de TI da Lactalis: foco total em cloud

Projeto

Em menos de um ano, a companhia migrou data center, unificou SAP e mudou todo o service desk para o outsorucing da Accenture. “A Accenture nos ajudou a sair do velho para o novo mundo.”

Moyses Rodrigues, líder de IaaS na Accenture Operations, explica que a primeira etapa foi a migração para uma nuvem privada – utilizando o conceito de multicloud, com uso de soluções de diversos players. “A Accenture atua como um cloud broker e usa determinada infraestrutura de nuvem de acordo com a necessidade do cliente”, ressalta Rodrigues.

A segunda etapa do projeto, que já está em andamento, é a migração para nuvem pública, que será concluída até o final de dezembro. A estrutura da Lactilis conta com 15 fábricas, distribuídas em 60 localidades.

Custos

Analy afirma que a companhia tem registrado cerca de 40% de redução nos custos com data center ao mês. “Se considerarmos todos os serviços, o número sobe para 50%”, destaca.

Outro benefício apontado pela executiva é o fato de ganhar confiabilidade na gestão da TI para poder focar de fato nos negócios. “Meu negócio é vender leita, não cuidar de servidores”, brinca.

IoT na mira

Com a base bem estruturada, Analy espera em 2018 alcançar os outros objetivos da companhia: aplicar tecnologias emergentes, como internet das coisas (IoT), para otimizar a produção.

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