Um mundo altamente personalizado. Essa é a proposta do “Internet of Me’, tendência que transformará a indústria entre os próximos três e cinco anos, segundo levantamento da Accenture. Nele, objetos do cotidiano estão acessíveis on-line, assim como as experiências.
Esse cenário fará com que empresas criem uma experiência altamente personalizadas para envolver e entreter os clientes, mudando a forma de construir aplicativos, produtos e serviços.
Dos 2 mil executivos de negócios e de TI em nove países e dez indústrias ouvidos pela Accenture, 60% têm visto um retorno positivo relacionado ao investimento em tecnologias de personalização. As empresas que tiverem sucesso nessa nova “Minha Internet (Internet of Me)” se tornarão a próxima geração de nomes conhecidos. No Brasil, 36% das organizações consultados utilizam ou experimentam wearables, como o Google Glass (34%), além de veículos conectados (36%) e objetos inteligentes, como robôs (41%) para engajar consumidores.
Outras tendências
O relatório da Accenture aponta outras quatro tendências que vão balizar as iniciativas tecnológicas das companhias nos próximos três a cinco anos. Confira a lista abaixo:
Economia de Resultados: hardware produzindo resultados sólidos. O hardware inteligente supera a última lacuna entre a empresa digital e o mundo físico, segundo a Accenture.
À medida que organizações adotam a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), elas descobrem oportunidades para incorporar hardware e sensores e usar esses componentes conectados para fornecer aos clientes o que eles realmente querem: não mais produtos ou serviços, mas resultados expressivos.
Dos entrevistados, 87% reconhecem que essa tendência leva as organizações a mudarem cada vez mais a mentalidade da venda de produtos ou serviços para a busca de resultados. No Brasil, 44% dos entrevistados concordam que o uso de hardwares inteligentes trará resultados, enquanto outros 44% acreditam fortemente nesta afirmação.
A (R)evolução das Plataformas: ecossistemas definidos, indústrias redefinidas. Plataformas de indústrias digitais e ecossistemas alimentam a próxima onda de inovação e crescimento disruptivo.
Entre os executivos ouvidos pelo estudo, 75% acreditam que a próxima geração de plataformas será liderada por players de mercado e líderes industriais. E quase três quartos (74%) têm usado ou experimentado plataformas industriais para integrar os dados com parceiros de negócios digitais. Os rápidos avanços na nuvem e mobilidade não só eliminam as barreiras de custo e tecnologia associadas com tais plataformas, mas permitem a abertura deste campo de atuação para as empresas de todos os setores e regiões geográficas. Empresa Inteligente: dados imensos + sistemas mais inteligentes = melhor negócio. Com Big Data, a inteligência de software tem ajudado as máquinas a tomarem decisões melhores. De acordo com 80% dos entrevistados, os aplicativos e ferramentas assumirão uma inteligência mais semelhante à humana. Para 78% dos executivos, o software em breve será capaz de aprender e se adaptar ao nosso mundo e tomar decisões com base nas experiências previamente vividas.
Força de Trabalho Reinventada: colaboração entre humanos e máquinas. O impulso para entrar na era digital amplia a necessidade de seres humanos e máquinas realizarem atividades conjuntamente. A maioria das empresas respondentes da pesquisa (57%) tem adotado tecnologias que permitem aos usuários executar tarefas que antes exigiam especialistas de TI, como a visualização de dados.
Os avanços em interfaces naturais, dispositivos portáteis e máquinas inteligentes apresentam novas oportunidades de capacitação de funcionários por meio da tecnologia. Isso também promoverá desafios na gestão de uma força de trabalho que pedirá a colaboração entre pessoas e máquinas.
Em três anos, 77% dos entrevistados acreditam que as empresas terão de se concentrar no treinamento de suas máquinas, do mesmo modo que eles fazem o treinamento de seus funcionários. As companhias líderes vão reconhecer os benefícios do talento humano e tecnologia inteligente colaborando lado a lado – e vão incorporar membros críticos da força de trabalho reinventada.