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Internet das Coisas deve gerar receita de US$ 2,3 trilhões em 2014

Enquanto muitos ainda discutem viabilidade de modelos como computação em nuvem ou mesmo como implantar conceitos de big data, internet das coisas parece caminhar para consolidação mais rápido que o imaginado. Ainda que em países como o Brasil, onde a infraestrutura de telecom ainda é uma barreira de entrada, o processo pareça um pouco mais lento, no mundo, as oportunidades com IoT devem gerar receita de US$ 2,3 trilhões ainda neste ano.

Os dados foram compartilhados por Wim Elfrink, vice-presidente executivo de soluções para indústria e chefe de globalização da Cisco, durante o IoT World Forum, que acontece em Chicago, nos Estados Unidos. Elfrink provocou ao questionar a plateia com quase dois mil executivos de diversas indústrias se eles ficariam apenas assistindo ao tema da moda ou se partiriam para a implantação, citando iniciativas como um fundo de 45 milhões de libras criado pelo Reino Unido para viabilidade de IoT. “É preciso olhar como a tecnologia pode criar um mundo melhor e mais sustentável. Os negócios em torno do tema estão aquecidos com aquisições, investimentos, entre outros”, afirmou, lembrando aquisições como a do Twitch pela Amazon por US$ 1 bilhão.

Este é o segundo ano do IoT World Forum e, passados 12 meses da realização da primeira edição, em Barcelona (Espanha), a quantidade de coisas conectadas (sensores, dispositivos, máquinas, pessoas, entre outros), saltou de dez para 13,5 bilhões e a tendência é de um crescimento ainda maior.

Apenas para ter uma noção melhor do que está acontecendo no mundo em torno do conceito de IoT, separamos alguns números: atualmente já existem mais de 300 mil desenvolvedores focados na tendência; em setembro deste ano surgiram 189 startups explorando algo desse universo; em termos de investimentos, os fundos de capital de risco separaram no mês passado US$ 960 milhões; e as aquisições envolvendo busca por tecnologias e soluções que ajudam a explorar melhor as possibilidades chegaram a US$ 5,3 bilhões.

Tudo isso porque, como lembrou Elfrink, hoje 99,07% das coisas não estão conectadas, em 2012 eram 99,40%, em outra ocasião, o presidente da Cisco John Chambers já havia projetado oportunidades de mais de US$ 13 bilhões com IoT, justamente porque, atualmente, o nível de coisas conectadas ainda é baixo. “A receita saiu de US$ 1,6 trilhão para US$ 2,3 trilhões de 2012 para 2014. Só a receita com serviços de devices M2M chegará a US$ 97 bilhões.” No mundo, já são mais de 260 iniciativas de internet das coisas em andamento.

*O IT Forum 365 viajou a Chicago a convite da Cisco

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