A era da computação começou em meados dos anos 80 dentro das empresas, com bases proprietárias de dados e informações manipuladas por meio de fitas ou disquetes. Dez anos depois, as empresas perceberam que precisavam conectar-se para alcançar o desenvolvimento – cresceram as redes de dados e os PCs passaram a ser adotados em massa, não só dentro das empresas, mas também na casa das pessoas.
Com a internet, entramos na “era da conectividade”, em que as redes passaram a transmitir dados em todo o mundo – encurtamos as distâncias e começamos a falar sobre mobilidade, cloud computing e mídias sociais. Hoje, vivemos em um tempo em que a necessidade de estar sempre conectado já é uma realidade em nosso dia a dia. Para o Gartner, até o final de 2016 haverá mais de 6 bilhões de objetos online por todo o mundo. Agora, mais que conectados, o desafio é a interconexão entre dados pessoais e empresas. Essa nova era vai transformar os mercados B2C e B2B, melhorando a experiência do usuário em todos os âmbitos.
No B2C, a tendência da internet de tudo é a bola da vez. Ela reúne todas as informações trocadas pelas coisas e adiciona uma inteligência que integra dados, pessoas, processos e objetos. Isso gera uma gama infinita de possibilidades de produtos e serviços, como a fabricação de roupas que se adaptem à temperatura externa ou carrinhos de supermercado que nos mostrem onde estão os produtos que precisamos comprar com base em nossa lista. Tudo a partir da interconexão de dados.
Entre as empresas, essa tecnologia tem um viés um pouco diferente. Ela consiste na ligação direta, escalável e flexível a um ponto neutro que reúna parceiros de serviços, operadoras de rede e clientes – e os executivos já entendem a vantagem deste modelo. A pesquisa “A Empresa do Futuro”, realizada pela Equinix, por exemplo, aponta que número de organizações interconectadas quase dobrará até 2017. Hoje, apenas 38% utilizam esse tipo de solução e a estimativa é que chegue a 84% até o final do próximo ano.
A partir dessa conexão direta entre parceiros e clientes, é possível desenvolver sistemas mais rápidos, eficientes e produtos mais completos, aumentando a receita das empresas. Um estudo da Forrester mostrou que a interconexão rende 300% de retorno de investimento, recuperação do investimento em 4,2 meses e uma redução média de 42% na latência em um período de 3 anos.
A revolução tecnológica iniciada nos anos 80 aposentou modelos tradicionais, dando lugar a negócios digitais que, segundo o Gartner, ultrapassam a barreira tecnológica e combinam os mundos físico e virtual. Se essas empresas não compartilharem e se reinventarem, podem ser as próximas a ficar paradas no tempo. E, para a consultoria, a interconexão é o segredo para o sucesso, o ponto de integração – ou a “cola” – entre físico e digital. Isso mostra que a era da interconexão já chegou e veio para ficar.
* Por Eduardo Carvalho, presidente da Equinix no Brasil
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