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Intercloud acena com possibilidade de mudar ‘CEP’ da nuvem de forma simples

Há algum tempo, a nuvem deixou de ser uma promessa e já é realidade para muitas empresas que buscam escalabilidade, economia e flexibilidade. Se antes a dúvida girava em torno de adotar ou não o modelo, agora a questão é a possibilidade de mudar o endereço da nuvem, seja alterando o provedor ou trazendo de volta para dentro de casa o serviço.

Em meados de 2014, a Cisco começou a desenhar uma estratégia, batizada de Intercloud, para eliminar esse desafio e conectar nuvens próprias, de parceiros e provedores de nuvem em todo o mundo. “A ideia é ser o grande roteador da nuvem”, brinca Marco Sena, diretor de desenvolvimento de negócios de Cloud da Cisco para América Latina, completando que embora a nuvem híbrida não seja uma novidade, havia um gap de ferramentas para integrar as diferentes clouds e permitir a movimentação de cargas de trabalhos entre elas.

Atualmente, a Cisco conta com mais de 60 parceiros em todo o mundo que estão desenvolvendo a nova geração de nuvem, totalmente integradas. No Brasil, a Cisco ganhou importantes aliados no projeto e já são sete empresas participantes: Dimension Data, PromonLogicalis, Sonda IT, Dualtec, Capgemini, Oi e Telefônica.

Por aqui, a iniciativa está ganhando força, de acordo com os parceiros, duas empresas, que não tiveram seus nomes revelados, iniciaram seus projetos de Intercloud, uma do setor varejista e outra de e-commerce. “Um ponto em comum observado nessas companhias é que seus data centers operavam em silos e o fato de não ficar preso a uma tecnologia tem sido muito importante para elas”, conta Augusto Panachão, gerente de desenvolvimento de negócios da Dimension Data Brasil.

Segundo ele, quando as áreas de TI se veem diante da necessidade de mover uma aplicação de um data center para outro, o desafio é enorme, mas a estratégia de Intercloud simplifica e facilita o processo.

Na visão de Rodrigo Parreira, CEO da Logicalis América Latina, o cenário de cloud trouxe uma mudança significativa no papel do integrador de sistemas que antes entregava a solução para o cliente gerenciar e agora é responsável pela gestão da nuvem do cliente. “O futuro é de muitas nuvens e vemos uma mudança clara no consumo de TI”, diz, acrescentando que a Cisco oferece uma caixa de ferramentas poderosas aos parceiros para oferecer serviços aos clientes, mas o integrador precisa traduzir o aparato tecnológico para as necessidades de negócios.

Lauro de Lauro, CEO da Dualtec, observa que há um desafio claro sobre orquestração de nuvens e um dos papéis como parceiro Cisco é evangelizar o mercado. “É vital ampliar o conhecimento sobre esse modelo e mostrar que não vendemos caixa”, pontua.

“O mercado de caixa está saturado”, concorda Rogério Vedovato, vice-presidente da unidade de Plataformas da Sonda IT, afirmando que há uma evolução importante no quesito compreensão do negócio de cliente no novo ambiente de nuvens híbridas. “Tanto é que temos mais especialistas de negócios do que de tecnologia.”

Com a evolução desse mercado e a possibilidade de portabilidade de cloud, o segmento ficará ainda mais competitivo e vai sair à frente quem não só souber traduzir tecnologia para a linguagem de negócios e obter resultados, mas aquele que oferecer um serviço diferenciado. O futuro reserva dias interessantes para esse segmento.

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