Inteligência Artificial

64% dos CEOs querem investir em IA, independentemente do cenário econômico

A maioria (72%) dos CEOs está confiante sobre a direção da economia global nos próximos três anos, indica o CEO Outlook 2024, atualizado recentemente pela KPMG. A proporção é considerada estável pela consultoria, considerando que os valores estão próximos aos de 2023 (73%) e de 2022 (71%), porém superiores aos de 2021 (60%) e 2020 (68%) – e ainda abaixo de 2016 (80%) e 2015 (93%).

Apesar da recuperação do otimismo nos últimos anos, os CEOs estão percebendo um cenário mais complexo, com 72% admitindo que sentem sob pressão para garantir o crescimento de longo prazo dos próprios negócios.

Do ponto de vista tecnológico, a inteligência artificial é apontada pelos CEOs como a força mais disruptiva dos últimos dez anos, com a maioria (64%) indicando que vai investir em IA independentemente das condições econômicas. Eles querem aproveitar o potencial da tecnologia para aumentar eficiência e produtividade (16%), preparar profissionais (14%) e promover a inovação (13%).

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Contudo, 63% reconhecem que o retorno sobre o investimento em IA provavelmente só será alcançado em até cinco anos.

“A última década foi marcada por um cenário de volatilidade, com pandemia, inflação crescente e o surgimento da IA. Diante disso, os CEOs precisam demonstrar cada vez mais agilidade e capacidade de adaptação, com foco no desenvolvimento de longo prazo”, explica Charles Krieck, presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul. “Líderes que traçarem estratégias ousadas para se adaptarem às mudanças e investirem em tecnologias e talentos certos poderão transformar planos em realidade.”

Nova força de trabalho

Mais de três a cada quatro CEOs (76%) acreditam que a IA não reduzirá a quantidade de empregos. Porém, consideram que os profissionais precisarão se adaptar para aproveitar as oportunidades da tecnologia.

Além disso, 58% concordam que a integração da IA generativa faz repensar habilidades exigidas e 61% identificam os desafios éticos como uma das questões mais difíceis de serem abordadas. Preocupações com a falta de regulamentação (50%) e a insuficiência de habilidades técnicas (48%) tornam a situação mais complexa.

ESG

Em 2015 os CEOs classificavam o risco ambiental como a menor prioridade, e agora são 24% que reconhecem as consequências de não atender às expectativas de ESG e que isso seria dar vantagem aos concorrentes. O número supera a ameaça à própria posição (21%) e os desafios de recrutamento (16%).

Os executivos também reconhecem no estudo a importância do ESG para a criação de valor, e 68% dizem que tomariam posição sobre uma questão política ou social controversa, mesmo que o conselho levantasse preocupações. Ainda assim, 66% admitem que não estão totalmente preparados para lidar com o escrutínio e as expectativas dos acionistas em relação ao tema.

A décima edição da pesquisa CEO Outlook 2024 foi conduzida pela KPMG com 1.325 CEOs entre julho e agosto. Todos os entrevistados são de organizações com receitas anuais superiores a US$ 500 milhões em 11 mercados (Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos) e 11 setores.

O conteúdo está disponível na íntegra nesse link.

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