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Inteligência Artificial promete melhorar contratações em 88%

A empresa HireVue tem usado inteligência artificial e análise facial em entrevistas de emprego no Reino Unido. A proposta da empresa é atender empresas que buscam os melhores candidatos.

Como informado pelo The Telegraph, a iniciativa já atende 700 empresas em todo o mundo – nomes como Unilever, Hilton, Vodafone. A HireVue diz já ter realizado mais de 100 mil entrevistas no Reino Unido até o momento – e 10 milhões ao redor do mundo.

A empresa ainda alega que, no meio do processo, tende a aumentar a qualidade de contratação de uma empresa em 88%; já a diversidade, segundo a HireVue, tem aumento de 55%. Com a análise, supostamente, as funções são preenchidas 90% mais rapidamente.

Uma série de questões circulam a iniciativa. Como, por exemplo: uma contratação (ou a triagem) deve ser realizada apenas pela tecnologia? Como classificar um talento de tal forma? Como lidar com os descartados pelos algoritmos?

Cada candidato envia um vídeo de 15 minutos para a “entrevista”. De cada um, os algoritmos avaliam cerca de 25 mil dados coletados em contratações anteriores consideradas “bem-sucedidas”.

Professora de interação homem-computador da University College London, Anna Cox fala dos vieses da tecnologia. Ela informa que os algoritmos podem favorecer pessoas que têm facilidade em entrevistas em vídeo.

Por outro lado, a tecnologia pode relacionar seu conjunto de dados “com vieses, o que excluirá as pessoas que realmente poderiam ser ótimas no trabalho”.

“Implicações assustadoras”

O Oficial Jurídico e de Políticas da Big Brother Watch, Griff Ferris, diz que o sistema de inteligência artificial pode causar “implicações assustadoras” em quem busca por um emprego.

Ele fala sobre o treinamento de sistemas de reconhecimento facial. Na análise, diz que, “a menos que o algoritmo tenha sido treinado em um conjunto de dados extremamente diversificado, há uma probabilidade muito alta de que isso possa ser tendencioso de alguma maneira”.

Assim, o resultado enviesado excluiria candidatos por injustas discriminações de um “entrevistador sem rosto”.

Loren Larsen, CTO da HireVue, diz que o algoritmo avalia três pontos: 1) a linguagem do candidato; 2) o tom de voz; e 3) as expressões faciais. No total, são 350 aspectos de linguagem analisados.

As expressões são indicadas por apertos labiais, suor na testa, um sorriso ou não. Até mesmo o aumento (ou fechamento) dos olhos é analisado.

Fonte: The Telegraph.

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