O Brasil é o 8º maior mercado do mundo na área da saúde. O setor movimenta, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 9% do PIB do país, contando com uma população em torno de 2,18 médicos para cada 1.000 habitantes.
Globalmente, o segmento move investimentos em torno de US$ 38 bilhões anuais. Um mercado cuja relevância se reflete também na atenção à tecnologia: ainda este ano, 85% dos hospitais brasileiros projetam destinar verba para recursos digitais, de inteligência artificial e de outras áreas ligadas a software, hardware e serviços de TIC, conforme pesquisa da revista Medicina S/A.
Já um estudo realizado pela Frost & Sullivan destaca que diretores de TI dos hospitais entrevistados tendem a investir, cada vez mais, em novas tecnologias com foco, principalmente, na redução de custos operacionais (95%).
Outro ponto de importância para o segmento é a integração de dados. Conforme Fernando Torelly, Assessor Técnico da Presidência da Central Nacional Unimed, este é o maior desafio da Tecnologia da Informação neste setor.
Conforme o especialista, que é economista e pós-graduado em Administração Hospitalar e Administração de Recursos Humanos, tendo atuado em cargos executivos de alguns dos maiores hospitais do Rio Grande do Sul e São Paulo, ter uma base integrada dos dados de saúde de cada cidadão, que possa ser acessada por qualquer prestador de serviço do setor, é o ideal para ampliar a eficiência do sistema e permitir uma melhor gestão populacional, ampliando possibilidades de planejamento e integração.
Neste caminho, ele ressalta que a transformação digital tem papel importante, trazendo, como principal ganho, a facilidade de os pacientes poderem ter acesso a suas informações de forma mais adequada.
“O sistema de saúde público e privado poderá qualificar o engajamento dos pacientes através de aplicativos que monitorem a saúde do indivíduo e indiquem situações onde será necessária a intervenção da equipe de saúde”, afirma Torelly. “Com a base de dados integrada, será possível construir modelos preditivos que sinalizarão ações de saúde e evitarão a ocorrência de desfechos clínicos indesejáveis. No futuro, com a saúde totalmente digital e integrada, o paciente poderá ser convidado a buscar um médico ou um hospital antes da ocorrência de eventos mais graves”, complementa.
E, na avaliação do especialista, as instituições de saúde brasileiras estão no caminho certo, ampliando significativamente seus investimentos em TI, principalmente nas áreas de segurança da informação e inteligência de dados.
“As organizações líderes do segmento no Brasil convivem com as principais instituições do mundo na pauta da qualificação dos sistemas públicos e privados de saúde. O desafio global é entregar mais saúde com qualidade e por um custo compatível com a capacidade de pagamento da sociedade. O uso intensivo de tecnologia e a necessidade de modelos inovadores de cuidado são tendências importantes para o sucesso deste desafio”, ressalta o executivo.
Segundo ele, o desafio da TI neste cenário é suportar a transição do atual modelo clínico de cuidado necessário frente ao envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas, que necessitam de cuidados contínuos por um longo período da vida.
Para o Vice-Presidente e diretor de Marketing do SEPRORGS, Donald Reis, contar com a presença de Torelly, pela segunda vez, como palestrante do Mesas TI é uma satisfação compartilhada entre a entidade e todo o mercado, que certamente terá muito a colher com a troca de conhecimento.
“Fernando Torelly é um protagonista da gestão em saúde, tanto no Rio Grande do Sul, quanto no país. No Estado, em específico, não podemos deixar de ressaltar a colaboração fundamental deste profissional para o avanço do setor, por meio de seu trabalho frente a hospitais como o Clínicas, Moinhos de Vento, por exemplo”, comenta Reis. “Outro destaque é a contribuição de Torelly para a democratização do acesso à saúde de alta qualidade, no caso do Hospital Restinga e Extremo-Sul, instituição que, segundo dados do primeiro trimestre deste ano, presta mais de 11 mil atendimentos por mês só na emergência”, completa.
Sobre as contribuições da TI para a saúde, Reis também acrescenta que se trata de algo vultoso. “Basta ver as aplicações de robótica ao campo cirúrgico e o uso crescente da Inteligência Artificial para tratamento de enfermidades como câncer, Alzheimer, problemas cardíacos, por exemplo”, lembra o VP.
O presidente do SEPRORGS, Diogo Rossato, enfatiza que a saúde é um setor alicerce para toda a sociedade. “Trazer este tema para o Mesas TI, com a participação de uma autoridade no meio, como Fernando Torelly, é nossa forma de contribuir para o fomento e propagação desta tendência”, finaliza.
*Por Juliana Rosa e Silva
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