O mundo está sendo hackeado, mas é um quebra de código para o bem e tem como foco a inovação. Essa foi temática exposta no segundo painel do Palco Transformações do IT Forum Expo, evento de tecnologia que acontece nesta terça-feira (08/11) no WTC em São Paulo. De acordo com o fundador e sócio da startup Pague com uma Foto, João Ramos, a função desses novos hackers é entender e quebrar os códigos que dominam a sociedade.
“Tudo pode ser tecnologia e tudo pode ser suplantado, hackeados inclusive. Quando fala em hackear já vem a ideia do cara obscuro, mas eles são pessoas que reconfiguram os códigos dos sistemas que regem o mundo”, disse Ramos. “Nós estamos falando de hackers que nunca escreveram uma linha de código, como eu. Hackers da saúde, hackers da educação e até hackers das leis. Nós todos podemos hackear. Entender esses códigos essas linhas e poder programar por meio dessa rachadura. Tudo isso para dizer uma frase: o mundo está sendo hackeado.”
O executivo, que tem sua formação em marketing e criou uma startup que funciona com os usuários pagando a conta de restaurantes e bares tirando foto, afirmou que todos os segmentos estão sendo inovados, “hackeados” de alguma maneira. Ele citou exemplos mais notórios como Uber e Wikipédia como empresas que hackearam os segmentos de transportes e enciclopédias, mas também a tradicional empresa de brinquedos Mattel, que criou uma impressora 3D avaliada em US$ 300 para consumidores criarem seus próprios brinquedos.
João Ramos acredita que, em geral, as pessoas têm a “péssima mania” de pensar a tecnologia como algo literal, algo físico – computadores, celulares e redes – quando ela pode ser mais muito mais um produto de mudanças. “A tecnologia pode ser vinculada a um sistema econômico, político, um sistema de leis”, completa.
Quebrando paradigmas
Ao ser perguntado como empresas tradicionais podem utilizar esse hackeamento do bem para mudar seus paradigmas e lucrar com a nova economia global, formada por empresas e startup que estão desfragmentando os modelos de negócios, o empreendedor afirmou que dois formatos podem ser usados: spin-off de startups e abrir as portas da empresa (que pode ocorrer por meio de hackatons).
Um dos exemplos de hackatons que ele lembrou, foi um projeto realizado pela Gerdau para repensar seus processos internos. Contudo, Ramos enfatizou que as empresas tradicionais caminham timidamente neste novo cenário mundial.
“As grandes empresas elas estão tentando esboçar um movimento de mudança. Mas ainda é tímido. É muito difícil ver empresas abrindo suas portas para se reprogramar. Acho que só vai mudar quando elas sentirem o impacto no financeiro, como aconteceu com a Kodak”, frisou o empreendedor lembrando do pedido recuperação judicial da Kodak em 2012 nos EUA, sinônimo de fotografia que perdeu espaço para as câmeras digitais.
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