Com o crescimento da mobilidade, nuvem, informação e mídias sociais, a análise de dados não estruturados passou a ser cada vez mais importante para empresas na hora de traçar sua estratégia corporativa. Relembrando esse desafio recorrente para o CIO, o coordenador de Pesquisa de Software na IDC, Luciano Ramos, ressalta o que já tem gerado ações em companhias do mundo, mas que ainda reflete pouco nas iniciativas das brasileiras.
Durante o SAP Innovation Experience, realizado nesta terça-feira (19), o executivo apresentou dados que ressaltaram a deficiência das empresas brasileiras em explorar todo o potencial do big data para convertê-lo em oportunidades de negócio.
Segundo Ramos, em uma pesquisa realizada pela IDC, 57% das empresas relataram não utilizar informações não estruturadas para planejamento e tomada de decisões. Em sua visão, administrar e utilizar essas informações é um desafio tão grande quanto a própria captação delas.
“O desafio é gerir as informações e levá-las para um sistema capaz de extrair valor delas. Muitos CIOs ainda acham que gerenciar essas informações é caro e difícil, além de provocar uma excessiva dependência da TI”, pontuou. Assim, as empresas querem que suas áreas de negócio tenham mais agilidade em cada função e gerar mais negócios e faturamento.
Equipes e desafios
Ainda de acordo com a pesquisa, 42% das empresas afirmam possuir sistemas necessários para realizar o processamento das informações obtidas, mas não possuem funcionários com a capacidade adequada para analisar as informações. Outros 28% citam não possuir planos de incorporar à equipe uma pessoa que possua estas aptidões.
Então, como preparar os funcionários para trabalhar com um volume tão grande de informações? Segundo Ramos, é importante que as empresas treinem seus talentos e estimulem práticas para retê-los na companhia, pois isto ajuda a colocar as iniciativas provenientes das informações em prática de maneira mais rápida e eficiente.
Na visão de Ramos, existem três grandes desafios envolvendo dados neste tipo de projeto: integração, qualidade de dados e segurança. Além disso, automatizar e integrar são assuntos críticos, visto que novas tecnologias – tais como aplicações in-memory – podem impactar não só no ambiente analítico, mas também no ambiente transacional.
“Não é necessário ter grandes volumes de informação para incorporar tecnologias de big data. O que será um fator de diferenciação competitiva será a forma de criar, integrar, gerir e usar as informações obtidas”, concluiu.