O presidente da Associação Comercial e Industrial das Empresas de Jogos do Brasil, Moacyr Alves Júnior, afirmou em audiência pública na Câmara dos Deputados na quarta-feira (2/12), que a ascensão da indústria de jogos no Brasil tem ocorrido de forma muito lenta e pediu mais incentivos para o segmento.
Segundo Alves, esse mercado é submetido à alta carga tributária no Brasil. Ele destacou que, enquanto o produto fabricado no País chega às lojas com imposto de até 35%, em plataformas digitais o game pode ser vendido a preços mais acessíveis, por estar livre de impostos.
“Não temos nada que incentive o produtor local a fazer o game. A mão de obra empregada para fazer um game é cara, porque são necessários um programador, um art designer, um sound designer. A produção já é encarecida pela mão de obra qualificada, e ainda tem a famosa carga tributária brasileira e os encargos trabalhistas. Fica quase impossível”, justificou em audiência.
Para o presidente da Subcomissão Especial do Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Região Nordeste, vinculada à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, deputado JHC (PSB-AL), o Brasil está perdendo o capital intelectual de jovens desenvolvedores para outros países, por falta de incentivos políticos e financeiros.
De acordo com ele, que é JHC é autor do projeto de lei (PL3450/15), em tramitação na Casa, que a Lei Pelé (Lei 9.615/98), para reconhecer o desporto virtual como prática esportiva, é preciso reconhecer os games como esporte, como já fizeram Coreia do Sul, França e Estados Unidos.
Ele explicou ainda que a subcomissão discute a implantação de uma zona franca tecnológica na região Nordeste, voltada para o desenvolvimento de softwares de jogos e outras plataformas digitais.
*Com informações da Câmara dos Deputados