Companhias
instaladas no país têm uma nota média de 43,7 (de uma escala de 0 a
100) em relação à maturidade da infraestrutura de TI para suportar a
digitalização dos negócios. O principal desafio está na automação de
processos, com média de 33,9. Os dados são do estudo encomendado para a IDC Brasil pela Dell EMC e a Intel, para identificar como a infraestrutura de TI das empresas brasileiras está preparada para suportar a transformação digital dos negócios. A conclusão é a de que as empresas brasileiras têm infraestruturas de TI pouco preparadas para a Transformação Digital.
Junto com os resultados do estudo, as empresas estão lançando também a ferramenta online gratuita IT² – Indicador de Transformação da TI, desenvolvida pela IDC,
por meio da qual as empresas brasileiras podem avaliar o grau de
maturidade da sua infraestrutura de TI para suportar a transformação
digital e comparar os resultados com outras organizações instaladas no
Brasil.
Mais da metade não adota virtualização dos equipamentos de rede
De
acordo com o estudo, que entrevistou
250 profissionais responsáveis pela decisão de compra da infraestrutura
de TI de empresas privadas com mais de 250 funcionários, a Automação de Processos foi o tema com os mais
baixos resultados (média de 33,9 pontos) entre os indicadores. Em
seguida aparece a Modernização da Infraestrutura (com 42 pontos) e os
Processos Internos e Cultura (com 55,2 pontos).
O estudo da IDC conclui que só uma pequena parcela das organizações já
implementou mecanismos avançados para automatização, apesar dessa
questão ser essencial para que as empresas tenham agilidade para adequar
o ambiente de TI para as novas demandas dos negócios relacionadas à
transformação digital e consigam alocar os profissionais para tarefas
estratégicas.
E a virtualização tem sido o principal ponto avaliado pelos gestores da
infraestrutura de TI no sentido de automatizar a gestão dos ambientes e
ter mais flexibilidade para atender novas demandas. Os servidores têm
sido um dos recursos mais virtualizados pelas empresas, com 67% dos
entrevistados indicando que apresentam de 51% a 100% do processamento em
máquinas virtuais. Em contrapartida, os equipamentos de rede aparecem
como um dos recursos menos virtualizados pelas organizações, com mais da
metade dos entrevistados não utilizando esse recurso.
A maioria das empresas não utiliza mecanismos essenciais para
automatizar processos de TI. Como reflexo 57% dos entrevistados afirmam
ainda não ter planos de implementar o chargeback (tarifação pelo uso) –
para cobrar das áreas de negócios pelo uso efetivo dos recursos
tecnológicos – e o mesmo percentual (57%), por enquanto, não pretende
adotar DevOps, metodologia voltada a melhorar a comunicação, integração e
colaboração entre os responsáveis pela infraestrutura de TI e os
desenvolvedores de software.
Entre
os entrevistados, só 17% já utilizam o chargeback e 15% pretendem
implementar nos próximos 12 a 24 meses. Enquanto 13% adotam o DevOps e
13% disseram que existe interesse no tema pela área de Desenvolvimento e
de Operações.
Praticamente 1/4 ainda desconhece o Storage Definido por Foftware
O
estudo demonstra ainda que, apesar dos negócios exigirem respostas cada vez
mais rápidas e atualizadas da TI, as novas soluções de infraestrutura
não têm sido adotadas ou analisadas na velocidade adequada. Como
reflexo, muitas das empresas ainda não avaliam o uso de infraestruturas
definidas por software, apontadas como um caminho essencial para
garantir a modernização dos ambientes para atender a demanda por
transformação digital.
Quando
questionados sobre a perspectiva de adoção das tecnologias mais
recentes para a modernização da infraestrutura de TI, 13% já
implementaram o storage definido por software e 8% planejam adotar em 12
a 24 meses.
O
levantamento demonstra ainda que só 9% das empresas consultadas têm a
infraestrutura de TI na modalidade de cloud, com automação, cobrança por
uso e acesso pela internet. Enquanto que a maioria encontra-se no
estágio inicial da modernização, com 40% das organizações na fase de
virtualização (com consolidação e gerenciamento dos equipamentos
virtualizados) e 40% na etapa de consolidação dos ambientes. Outros 11%
das corporações apontam que estão em fase de automação, com
virtualização de equipamentos e provisionamento da infraestrutura sob
demanda.
Apenas 19% fazem análise de ROI de todos os projetos de TI
Apesar
de o estudo demonstrar que Processos Internos e Cultura são o tema mais
bem posicionado pelas organizações para suportar a transformação
digital, os resultados apontam que os decisores da área de
infraestrutura têm muito a avançar nessa questão. Um exemplo dessa
constatação está no fato de que só 19% dos entrevistados afirmam
realizar a análise de ROI (retorno sobre investimento) de 100% dos
projetos de TI. O que demonstra uma dificuldade de comprovar resultados
para as áreas de negócio.
Outro
ponto de atenção do estudo em relação a Processos Internos e Cultura
refere-se ao fato de que a maioria dos gestores da área de
infraestrutura de TI considera que ainda não são vistos como
estratégicos nas organizações. Quando questionados sobre a percepção que
os gestores de negócio têm da área de Tecnologia da Informação, só 24%
apontam que representam um diferencial competitivo para o negócio,
enquanto 44% se veem com uma área de serviços que alavanca os resultados
da empresa, 30% como um centro de custos e 1% como inibidores para os
negócios.
Parte
dessa visão pouco estratégica deve-se ao fato de que, nos últimos 12
meses, os principais projetos conduzidos pelas áreas de TI foram
voltados à redução de gastos operacionais, citados por 62% dos
profissionais consultados no estudo.
Ainda
de acordo com o estudo, mais de 47% das empresas investem mais de 60%
dos orçamentos de TI no legado e menos de 40% a iniciativas
transformacionais ou associadas à inovação. Segundo Pietro Delai,
gerente de Pesquisa e Consultoria da IDC, o estudo trouxe uma visão
interessante dos próprios gestores de TI, que se sentem melhores
avaliados pelas áreas de negócio quando investem mais na inovação que no
legado.
“Os
gestores da infraestrutura de TI têm um grande desafio pela frente e
que passa por comprovar os resultados dos seus projetos para as áreas de
negócios e, principalmente, aumentar iniciativas inovadoras. Com a
perspectiva de aumento nas demandas por transformação digital, a área de
tecnologia será desafiada a, com um mesmo orçamento, alavancar projetos
que sejam mais estratégicos para o negócio. Uma fórmula que só será
possível com automação dos processos, modernização da infraestrutura e
uma abordagem mais estratégica dos gestores de TI”, conclui o vice-presidente da divisão de Soluções Computacionais e Equipamentos de Rede da Dell EMC na América Latina.
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