ICOs ganham espaço no mercado internacional

As ICOs (Initial Coin Offering ou ofertas iniciais de moedas), consideradas uma versão de crowdfunding que se dá com o uso criptomoedas, têm crescido no mundo todo. Esta é uma das saídas vistas pelos empreendedores para captar recursos para criar suas empresas ou aprimorar as plataformas tecnológicas. As ofertas ocorrem no mercado internacional e, somente até o final de junho deste ano, já movimentaram mais que o dobro de 2017. Segundo relatório conjunto da consultoria PwC e da Swiss Crypto Valley Association, no primeiro semestre do ano, ocorreram 537 ICOs com um volume total de mais de US 13,7 bilhões. Em comparação, em 2017 ocorreu um total de 552 ICOs com um volume de pouco mais de US $ 7,0 bilhões.

A operação lançada pela startup Inflr (inflr.com) há dois meses e agora aberta ao público, por exemplo, conta com uma comunidade ativa na rede com mais 17 mil membros e de 5 mil pessoas cadastras na lista de compra. Destes, mais de 80% são estrangeiros.

A InflrCoin é um token de Ethereum e equivale a 0,00025 unidades da moeda – uma cotação ao redor de US$ 0,10 hoje. “Na prática, a principal diferença técnica entre token e criptomoedas é o fato de o primeiro ter seu uso definido dentro de determinado sistema. No caso da Inflr, isso se traduz na possibilidade de utilizar a moeda para fazer contratações no marketplace de influenciadores criado pela própria startup”, explica o sócio-fundador, Thiago Cavalcante.

A expectativa é que a emissão atinja US$ 12,6 milhões. A criptomoeda será integrada à plataforma digital para recrutamento de influenciadores e mensuração do engajamento que será lançada em novembro. Batizado de Proof of Influence, o algoritmo criado pela Inflr calcula o valor de influência do post baseado no real engajamento promovido pelo influenciador. A ferramenta gera um índice de qualidade que considera vários quesitos, mas principalmente o engajamento dos posts. Para que a análise seja precisa, o algoritmo é integrado em diversas APIs de machine learning, o que gera um score e, posteriormente, o valor do post.

“A integração da plataforma com o token deve trazer mais clareza para as contrações de influenciadores para campanhas de marketing. A expectativa é que, eventualmente, a moeda também esteja presente em exchanges do Brasil e exterior”, explica. Com base em avaliações do histórico virtual, interações e receptividade dos seguidores, é estimado um score de influência. “Assim conseguimos ir além de números e entender que duas pessoas com 500 mil seguidores, por exemplo, podem entregar resultados bastante diferentes e, portanto, cobrar mais ou menos pelo serviço. Ganhamos em transparência e precisão”, diz Cavalcante.

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