Watson está mais esperto e consegue identificar fotos em redes sociais

A IBM adicionou novos atributos de inteligência ao seu sistema de computação cognitiva, que podem ser acessados como serviço na plataforma BlueMix

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6:23 pm - 24 de setembro de 2015

A IBM está agregando mais inteligência ao Watson, sua super plataforma de computação cognitiva. Entre os novos atributos está a capacidade de navegar pelas fotos de redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram e identificar padrões de comportamento a partir das imagens.

O computador que começou sua vida vencendo um ser humano no programa de perguntas e respostas da televisão americana Jeopardy, evoluiu para alimentar mais de uma dúzia de serviços de cloud que os desenvolvedores podem usar para adicionar recursos de computação cognitiva a suas aplicações.

A IBM diz que já existem mais de 100 aplicações comerciais fazendo uso do Watson. Em um evento em San Francisco (Califórnia – EUA) nesta quinta-feira (24/09), a companhia está exibindo novos serviços computacionais para encorajar mais desenvolvedores a entrar no barco.

Os serviços são oferecidos na forma de APIs (application programming interfaces) que são acessadas através da plataforma de desenvolvimento cloud da IBM, Bluemix. Empresas que usam os recursos em aplicações comerciais pagam à IBM uma parcela da receita gerdads, enquanto que empresas que fazem uso da plataforma internamente pagam pelo número de chamados às APIs que elas fazem.

Visual Insights

Entre os novos serviços está o Visual Insights, pelo qual o computadir analisa imagens e vídeos publicados nas redes sociais e busca por padrões e tendências no que as pessoas estão publicando. Watson então transforma o que identificou em dados estruturados, facilitando seu upload para um banco de dados e posterior análise.

Um dos usos óbvios é no marketing: uma aplicação construída com Visual Insights poderia dar a uma empresa uma visão mais “redonda” do que interessa aos seus consumidores. Mas a IBM espera que seus clientes e desenvolvedores pensem em usos mais criativos para o recurso.

Mais melhorias

A IBM também aperfeiçoou as APIs do Watson Text to Speech e Speech to Text, que podem ser muito úteis para construir assistentes digitais como a Siri ou Cortana para smartphones. Mas esses serviços podem ser usados por qualquer interface de fala, incluindo robôs, área para onde a IBM diz que está se expandindo  com o Watson.

Outro serviço novo é o Dialogue, que ajuda os desenvolvedores a criar sequências de conversas entre um usuário e uma aplicação, para que um computador possa falar com alguém e guiá-lo por algum tipo de processo. A consequência poderá ser menos humanos e mais máquinas inteligentes atuando nas áreas de atendimento ao consumidor.

Na medida em que mais serviços são liberados, os desenvolvedores precisam de um processo para associá-los entre si. Ness sentido, a IBM está lançando um novo conjunto de ferrramentas, o Watson Knowledge Studio, que facilita esse processo.

Ajuda para pensar

Em muitos casos o objetivo do Watso não será substituir um humano, mas sim ampliar sua capacidade de tomar decisões. Watson está bem aparelhado para atuar nas áreas cinza onde não existe uma resposta totalmente errada ou certa. Ele leva em conta milhões de hipóteses, testa essas hipóteses contra o que sabe ser verdadeiro e dá a melhor resposta possível com o maior percentual de certeza. Aí cabe a um humano – digamos um médico ou um banqueiro de investimentos – tomar a decisão final com base nessa recomendação.

Alé de já ter criado uma divisão de negócios só para o Watson, a IBM esté focando grande volume de investimento na área de computação cognitiva. Para atrair mais usuários para o Watson, a IBM também está abrindo um novo laboratório no Silicon Valley onde desenvolvedores, startups e investidores de risco podem experimentar a nova tecnologia e se encontrar com os engenheiros da IBM.

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