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IBM quer ampliar base de clientes Watson para Watsonx

A IBM, uma das empresas pioneiras no mercado de Inteligência Artificial com o Watson, também está olhando para o mercado em ascensão de IA Generativa, após a chegada do Watsonx. Marcelo Braga, presidente e líder de tecnologia da IBM Brasil, em coletiva durante o IBM Think São Paulo 2023, voltou no tempo ao dizer que o Brasil já havia se destacado na adoção do Watson anteriormente.

“Temos centenas de casos implantados, então, a base é muito relevante. Agora, estamos fazendo trabalho de expandir e complementar o que a plataforma Watson fazia com o watsonx, trazendo uma forma diferente de trabalhar dados para subsidiar a inteligência artificial”, comenta ele.

O watsonx é um complemento da plataforma de IA disponibilizado em julho com três produtos que prometem ajudar as organizações a acelerar a escalar a tecnologia: watsonx. ai studio para novos modelos fundacionais, IA generativa e aprendizado de máquina; watsonx. data para armazenamento com a flexibilidade de um data lake e o desempenho de uma warehouse de dados; e watsonx. governance, que traz ferramentas para auxiliar a habilitar fluxos de trabalho de IA a serem construídos com responsabilidade.

Leia mais: Nova plataforma de IA e dados da IBM, Watsonx chega ao Brasil

Para conquistar o público, Braga explica que o primeiro passo é convencer a sua base de aproximadamente 400 projetos de Watson no Brasil a habilitar a nova plataforma de IA. Entretanto, ele frisa que essa não é uma substituição ou upgrade, mas um complemento que amplia as possibilidades em IA.

Questionado sobre as diferenças de mercado de quando o Watson Assistant (nome “completo” do Watson) foi lançado, há aproximadamente sete anos, e o momento atual, Braga afirma que antes a IBM precisava mostrar para as companhias que havia uma ferramenta que poderia trazer uma mudança radical em como eles tratavam os dados ou falavam com os clientes.

“O Watson foi uma referência de IA robusta por muito tempo. Mas, o nosso desafio lá trás foi explicar o que ela era. Nós tivemos que criar um mercado que não existia. A diferença é que agora esses projetos mostraram um resultado positivos e com impacto de negócios expressivo. Hoje vemos um outro nível de automação: a IA pode ver um problema e resolvê-lo”, frisa o presidente da IBM.

Para ele, a escala de mercado é outra. O mercado já está aberto e entende que o uso de IA é positivo. Além disso, a IA generativa abre espaço para outros casos de uso, elevando o nível de sofisticação de atendimento e tornando a vida das pessoas mais simples. Por isso, Braga acredita que a adoção será muito mais rápida.

Pesquisa da IBM mostra desafios da adoção de IA

Braga também anunciou os principais resultados do estudo “CEO decision making in the age of AI, Act with intention”, realizado pelo IBM Institute for Business Value. De acordo com o documento, os CEOs brasileiros enfrentam desafios relacionados à gestão de dados de suas empresas, incluindo cálculos pouco claros (44%) e a dificuldade de identificar insights significativos desses dados (41%).

Além disso, 71% dos entrevistados no País acreditam que eliminar a distância entre os dados e os tomadores de decisão é mais importante do que alterar onde as decisões ocorrem.

Do total de entrevistados, 76% dos CEOs que atuam no país confiam nos dados operacionais internos como principal fonte de informação para a tomada de decisão. Isso mostra, segundo o presidente da IBM, a importância da governança de conteúdo. E, por outro lado, um distanciamento de outras fontes de informações externas que estão sendo pouco usadas.

Entre as ações cruciais para melhorar a forma que se mede o desempenho de uma organização, os CEOs brasileiros mais uma vez colocaram a importância dos dados no topo da lista: a padronização dos processos de coleta de dados e relatórios (44%), promoção de uma cultura orientada por dados ou data driven (40%) e geração de melhorias nas plataformas de dados (39%) foram as três principais escolhas dos executivos nacionais – e com percentuais acima das médias globais registradas pela pesquisa.

Mais da metade (60%) da liderança executiva considera essas tecnologias como IA e computação em nuvem como pilares fundamentais para resultados melhores no próximo ano.

“Esse também é um avanço importante pois, tanto a nuvem que hoje é uma realidade, quanto a IA, que era muito vista no mundo de inovação/projetos, agora mudam de patamar com a explosão de todos falando e a curiosidade. A demanda das empresas mostra que eu posso ter um processo melhor, ter mais eficiência, atender o cliente melhor e mais barato”, comenta Braga.

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