Humanidade 2.0 será fruto da união de máquinas e humanos

Depois que inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) ganhou notoriedade em função de filmes e séries de ficção científica, você deve se perguntar como ela pode transformar a sociedade e se as máquinas vão realmente dominar os humanos e o mundo. Para refletir sobre o tema, Carlos Azevedo, pesquisador de inteligência de máquina da Ericsson Research, levou para o palco da Campus Party sua visão de futuro.

Segundo ele, AI vai explodir nos próximos anos e já está em uso em diversos campos atualmente. “Estamos vivendo um momento interessante de grandes mudanças, com muitas oportunidades e descobertas na área”, disse, citando caso recente de robôs que conseguiram identificar câncer de pele tão bem quanto dermatologistas.

Outros exemplos não faltam, garantiu. Ele citou cinco deles: robôs cirúrgicos; testes de inteligência artificial verbal que faz encadeamento lógico com níveis de inteligência comparados ao de humanos; transcrição de conversas gerais em texto; inteligência artificial superando pontos de humanos em jogos e Atari em questão de horas; e o computador vencendo o campeão mundial do jogo chinês Go.

A evolução dos computadores, portanto, deverá gerar o que o especialista acredita ser a Humanidade 2.0, na qual humanos e máquinas trabalhão juntas. Para ele, a Humanidade 2.0 vai gerar uma explosão de inteligência no mundo, a unificação da inteligência e a redefinição da humanidade.

“A inteligência artificial caminha rumo à inteligência amplificada. Não são humanos contra máquinas. São os dois juntos, colaborando”, comentou, apontando que a unificação das inteligências artificial e neural vai gerar controle compartilhado e ciclos mútuos de aprendizado. “Máquinas terão condições de colaborar com a gente, entender e mostrar empatia com os humanos para interagir e gerar ciclos de aprendizados mútuos”, completou.

Para ilustrar a convergência, Azevedo listou três perspectivas para ela: cérebro como serviço, no qual a máquina faz a leitura de ondas cerebrais e interpreta padrões; internet das habilidades, na qual humanos vão controlar robôs a distância ajudando em cirurgias, por exemplo; e, por fim, inteligência motora, na qual a máquina replica o movimento humano, como no caso de pessoas amputadas.

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