Como lidar com o conflito de gerações no ambiente de trabalho
Com o aumento da expectativa de vida e do ingresso de novos talentos no mercado de trabalho, é a primeira vez que vemos três ou cinco gerações distintas atuando lado a lado, no mesmo ambiente.
Os baby boomers, nascidos entre 1945 e 1965, foram agentes de grandes transformações políticas e sociais e criaram uma ideia de estabilidade. Já a Geração X, de 1965 a 1980, é marcada pelos questionamentos. A Geração Y, entre 1980 e 1995, vivenciou o início da era digital. São agitados e vivem em uma espiral de informação que os torna cada vez mais impacientes e imediatistas. A Geração Z, entre 1995 e 2010, é formada pelos nativos digitais e para eles não há uma separação entre vida e vida digital. O digital é soberano e permeia tudo o que fazem.
Esse mix geracional traz muitas oportunidades, mas também enormes desafios para as companhias, já que cada geração tem um propósito e uma crença. É sobre esse tema que Dionisio Gava Júnior, CEO da DGA Consult, Treinamento & Educação em Gestão, Cultura e Desenvolvimento organizacional, falará no IT Forum X, que acontece nos dias 16 e 17 de outubro, em São Paulo.
Gava Júnior atuou como CIO e COO de tradicionais bancos do mercado, como Santander, Citibank, Itibank e Fibra e viveu na pele a mescla de gerações. Isso o motivou a compartilhar sua experiência sobre como empresas podem superar barreiras culturais e usar as diferenças para ter um time ainda mais afinado.
“Participei de toda a transformação do banco Santander. Em 1997, o banco em que trabalhava foi comprado e depois participei da aquisição de outras empresas. Eu vivi o choque cultural e percebi que geralmente os mais maduros têm mais resistências”, contou.
Na apresentação, que acontece no dia 17 de outubro, batizada de “Gerações: Conflito ou Harmonia?”, o executivo usará a música, por meio de uma banda de jazz, para explicar de que forma é possível quebrar silos nas empresas. “Considero a possibilidade de harmonia como a grande oportunidade de crescimento coletivo, ‘brincando’ com suas diferenças por meio das metáforas musicais, trazendo reflexão e emoção ao público”, adiantou.
Na visão do especialista, que ministra cursos em todo o Brasil sobre o tema, está claro que as empresas ainda estão iniciando os trabalhos para gerenciar e minimizar conflitos de gerações. “Nesse cenário, uma jazz band tem todos os exemplos de uma empresa”, revelou.
Ele explica. Uma banda precisa de disciplina e criatividade, mas também de reconhecimento. “Há ainda o elemento generosidade, porque às vezes é preciso improvisar. Dedicação, colaboração e criatividade são elementos-chave”, detalhou ele.
Gava Júnior pondera que não há uma receita de bolo para conquistar a sintonia perfeita entre as gerações. Cada empresa tem um cenário que precisa ser trabalhado. “Uma coisa é certa: as companhias não têm mais alternativa. Elas precisam oxigenar e preparar a gestão para a nova realidade”, sentenciou. Tudo isso ligado a um propósito. Afinal, talentos já abandonaram o conceito do salário mais alto. Elas precisam ter um motivo maior do que esse.
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