Hackers distribuem malware por meio do Facebook Messenger

O Facebook Messenger, plataforma de mensagens da principal rede social do mundo, tem sido utilizado para propagação de um novo malware. O código malicioso analisa o navegador, sistema operacional e informações pessoais do usuário e usa um código avançado e afeta vítimas com adware usando o aplicativo.

Os primeiros casos foram observados no início de agosto, e os ataques foram direcionados para usuários na Rússia e na América Latina, principalmente em países como Brasil, Equador, Peru e México.

A Kaspersky Lab explica que o malware é distribuído por meio de uma suposta mensagem de um dos amigos do usuário da rede social, enganando-a para clicar em um link que leva a um Google Doc. Ao abrir o documento, ele leva a uma foto do perfil do Facebook da vítima e cria uma página de destino que parece ser um vídeo. Quando tenta reproduzir o vídeo, o malware redireciona para um conjunto de sites que analisam o navegador, o sistema operacional e outras informações pessoais do usuário.

Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab, explica que este método não é novo. Segundo o executivo, o adware usa a técnica de cadeia de domínios, que redirecionam e rastreiam usuários através de sites mal-intencionados, dependendo de recursos como idioma, localização geográfica, sistema operacional, informações do navegador, complementos instalados e cookies, entre outros. “Ao fazer isso, ele basicamente move o navegador através de um conjunto de páginas da Web e, usando cookies de rastreamento, monitora as atividades, exibe determinados anúncios e até mesmo executa ações para que os usuários possam clicar nos links. Todos sabemos não é recomendado clicar em links desconhecidos, mas esta técnica basicamente o obriga a fazê-lo”, afirma.

Os analistas também detectaram que o malware redireciona o usuário para diferentes endereços da web de acordo com o navegador utilizado. O uso do Firefox leva o usuário a uma atualização falsa do Flash, solicitando o download de um arquivo .EXE marcado como adware. Ao usar o Chrome, por exemplo, o usuário é redirecionado para um site espelho do YouTube, que exibe uma falsa mensagem de erro que tenta enganar o usuário – a mensagem pede para baixar uma extensão do navegador da loja online do Google, tentando instalar outro arquivo no computador. Ao usar o Safari, algo muito parecido acontece com o Firefox, já que aparece uma falsa atualização do Flash Media Player que instala um arquivo executável .dmg no Mac, se clicado.

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