GitHub vs Bitbucket vs GitLab: Uma batalha épica pelo mindshare desenvolvedor

Código gera código, que gera mais código… Quanto maior a colaboração em seu desenvolvimento, melhor o software. Mas, para manter a colaboração sobre controle, é preciso acompanhar atentamente o que é alterado ao longo do processo de desenvolvimento. Essa é a função dos dos sistemas de controle de versão de código fonte.

O mais famoso dos sistemas para a curadoria de software é o Git.

A maioria dos programadores e as equipes às quais eles pertencem estão ligados às versões online do Git, que adiciona muitas camadas extras de análise e apresentação para possibilitar percorrer o vasto pântano de versionamento dos software.

Além de ser um dos primeiros sistemas de controle de versão a ter fluxos alternativos de desenvolvimento. o Git também foi um dos primeiros repositórios de código a permitir livre edição de arquivos somente-texto entre várias pessoas de um mesmo time ao mesmo tempo.

Agora existem três grandes concorrentes com um propósito bastante simples: conectar os desenvolvedores e tornar mais fácil para eles trabalharem juntos em projetos com o Git: o GitHub, o Bitbucket e o GitLab.

Qual é o mais indicado para você?

Confira os pontos fortes e fracos de cada um e decida você mesmo.

O GitHub é o maior

Talvez por ter sido o primeiro grande site a se especializar em hospedar repositórios Git, e esteja completando 10 anos, ou por causa de seus bons trabalhos na comunidade de código aberto, o GitHub é líder se usada a métrica de volume de código reportado. O GitHub diz ter 28 milhões de usuários e 85 milhões de repositórios. O Bitbucket informa seis milhões de usuários e o GitLab e não respondeu à pergunta.

Alguns acham que isso é importante. Os desenvolvedores de código aberto que gostam de pular entre projetos podem usar um login e vincular todo o seu trabalho. Todos podem acompanhar os desenvolvedores do GitHub, da mesma forma que os amantes de gatos podem seguir os criadores dos melhores vídeos de gatos no YouTube.

Bitbucket e GitLab são mais baratos

Todos os três serviços oferecem muitas opções gratuitas, mas todos ganham dinheiro ao cobrar dos desenvolvedores, geralmente profissionais, por hospedar projetos privados. O GitHub começa em US$ 7 por mês por desenvolvedor. O Bitbucket, em US$ 2 por mês e GitLab, em US$ 4 por mês.

Um nível melhor no Bitbucket custa US$ 5 por mês. O GitLab tem uma versão premium que custa US$ 19 por mês – e você precisa pagar anualmente para conseguir esse preço.

Vale notar que esses preços e níveis são para a versão hospedada na
nuvem. Se você quiser se auto-hospedar, pode ser mais barato. Há também
planos acadêmicos e versões da comunidade de código aberto que são muito
generosas. Assim como descontos para grandes equipes corporativas.

Bitbucket e GitLab permitem repositórios privados ilimitados

Tanto o Bitbucket quanto o GitLab permitem que você armazene seus próprios repositórios privados gratuitamente. Você só começa a pagar quando sua equipe cresce e se torna mais profissional. O GitHub armazenará seus projetos gratuitamente somente se você for um estudante ou tornar os seus projetos públicos. Isso é ótimo para código aberto, mas não para todos os seus projetos paralelos.

Essas camadas gratuitas podem ser bastante generosas. O Bitbucket permite pequenas equipes de até cinco colaboradores. O GitLab permite colaboradores ilimitados.

Bitbucket e GitLab têm integração contínua

Essas empresas estão expandindo não apenas a capacidade de armazenamento de código, como oferecendo integração contínua.

O GitLab implementa integração contínua baseada em Jenkins. Você pode confirmar seu código, implantá-lo, monitorá-lo e, em seguida, começar a planejar o próximo conjunto de modificações sem sair do GitLab.

Da mesma forma, o Bitbucket oferece o Pipelines , uma ferramenta similar de criação e implementação que faz praticamente o mesmo com apenas alguns cliques. Talvez não ofereça tanto monitoramento, mas está bem integrado com a nuvem da Amazon.

O GitHub permite que você use seu próprio servidor de integração contínua

Muitos desenvolvedores usam ferramentas de terceiros, como CircleCI ou Travis CI, que são acionadas por commits no GitHub. Alguns até hospedam sua própria versão do Jenkins, que está disponível em um repositório de código aberto hospedado no GitHub.

As ferramentas de terceiros podem não estar sob o mesmo guarda-chuva corporativo, é claro, mas elas realizam praticamente a mesma coisa.

Vale a pena notar que não há nada que impeça você de rodar sua própria solução de integração contínua com o Bitbucket ou o GitLab também. Eles apenas verificam o código como qualquer outro cliente Git.

O GitLab permite que você desenvolva online

O que começou como uma ferramenta para permitir que você navegue pelo código estático está lentamente se transformando em uma plataforma completa para desenvolvimento. A interface do GitLab está se tornando cada vez mais complexa e começando a abordar o que a empresa está chamando de um ambiente de desenvolvimento integrado ou IDE. Não é tão sofisticado quanto o Eclipse ou o Xcode, que oferecem depuração integrada, mas isso não significa que você não possa usá-lo para fazer um desenvolvimento mais sofisticado com commits limpos de vários arquivos.

Tanto o GitHub quanto o Bitbucket têm versões mais simples que permitem editar seus arquivos online e depois confirmar o resultado. Eles são melhores para retoques e consertos rápidos.

O Bitbucket tem pesquisa com reconhecimento de código

Pode parecer uma coisa pequena, mas o algoritmo de busca do Bitbucket entende muitas das principais linguagens, possibilitando classificar os resultados. A definição de uma função ou variável aparece no topo. Se você está tentando descobrir o que uma palavra-chave faz, não é preciso percorrer as páginas de resultados para encontrar a resposta.

O Bitbucket vem da mesma empresa que faz o Jira

O Jira é uma das principais ferramentas para organizar o processo de desenvolvimento rastreando tickets e mantendo as equipes conscientes de quem faz o quê para qual repositório e quando terminá-lo. O Jira pode ser integrado a todos, mas é de propriedade da Atlassian, o que garante que o Jira funcione bem com o Bitbucket.

Tanto o GitHub quanto o GitLab têm suas próprias ferramentas de rastreamento de problemas incorporadas ao fluxo de trabalho que fazem praticamente a mesma coisa. Os usuários do GitHub e do GitLab podem usar o Jira ou qualquer uma das ferramentas similares.

O GitLab é open source

Se você não gosta de nenhuma parte específica do GitLab, você pode simplesmente baixar o código fonte do Ruby , modificá-lo e hospedá-lo você mesmo. É open source.

O GitHub oferece algumas partes úteis de seu quebra-cabeça em seus repositórios, e a Atlassian oferece suporte generoso a todos os projetos de código aberto usando licenças aprovadas.

Existem vários outros projetos de servidor Git de código aberto, como o Gitblit , escrito em Java, o Allura , escrito em Python, e o Gogs , escrito em Go. Mas você terá que hospedar todos eles.

O GitLab está totalmente integrado ao Google Cloud

O GitLab facilita um pouco a integração com o Google Kubernetes Engine. Apenas alguns cliques movem seu código para um container. Mesmo que você não use o Google Kubernetes Engine, o GitHub ainda gosta de trabalhar com o Kubernetes. Se você implantar em um cluster Kubernetes, poderá monitorar tudo – ambientes de CI, implantações, pods e métricas do Kubernetes – diretamente do GitLab.

O Bitbucket integra-se com a AWS

Novamente, você sempre pode implantar seu código onde quiser, mas um complemento Bitbucket no Atlassian Marketplace enviará seu código para um bucket do Amazon S3 e usará o AWS CodeDeploy para executá-lo no EC2. Tudo o que você precisa fazer é configurá-lo uma vez e pronto.

O Bitbucket tem muitas extensões

O  AWS CodeDeploy não é a única opção da Atlassian. No momento em que escrevo, existem 304 aplicativos escritos por terceiros para estender o Bitbucket. Alguns adicionam recursos como notificações ou gráficos de confirmações. Você ainda pode instalar o plug-in de Política de Confirmação que examina as mensagens de confirmação para garantir que elas mencionem números de problemas e outros detalhes. Se você não vir o que deseja no Marketplace, poderá escrever o seu.

O Git é gratuito e privado

Haverá sempre aqueles que vão preferir não usar nenhuma dessas opções de luxo. O Git é uma ferramenta de linha de comando bastante simples, com muitos comandos para acessar os próprios repositórios. Você pode empurrar, puxar e rastrear o código por conta própria usando a linha de comando. Se você é bom em memorizar instruções de linha de comando e não quiser nenhum dos agradáveis ​​displays de código baseados na web, diffs e mais, então o velho Git servirá muito bem.