Operadoras de telecomunicações correm o risco de perder clientes para gigantes digitais globais, como Google ou Amazon, caso essas empresas oferecessem uma oferta comparável ao seu operador móvel. É o que mostra um estudo da Accenture: 44% dos entrevistados deixariam seu provedor atual criando um panorama sombrio para os Prestadores de Serviços de Comunicações (Communications Service Providers – CSPs).
A pesquisa foi realizada entre outubro e novembro de 2016 com com aproximadamente 26 mil consumidores, em 26 países, entre eles o Brasil. As idades dos entrevistados variaram de 14 a 55 anos e acima.
A introdução do eSIM também traz novos desafios para os CSPs, pois torna a troca entre provedores ainda mais fácil. A pesquisa descobriu que 68% dos consumidores on-line estariam interessados em adotar um dispositivo com eSIM, sendo que 50% destes afirmam que seria por causa da facilidade em mudar de um provedor para outro, além de conseguir mais rapidamente um plano mais barato de chamadas ou de dados, acelerando a corrida por dados e conectividade e, desta forma, tornando o principal negócio dos CSPs mais conveniente.
Além disso, a concorrência aumentaria conforme novos competidores forem entrando no mercado, incorporando os eSIMs aos dispositivos no momento da fabricação, ignorando o provedor de conectividade de rede e indo direto ao cliente.
Francesco Venturini, diretor global da Accenture para a indústria de Mídia e Comunicações, destaca que o mercado de prestação de serviço de comunicação tradicional está se tornando um negócio de commodities, e, como resultado, deve acelerar dramaticamente as mudanças em novos mercados ou a janela de oportunidades irá se fechar. “Existem oportunidades prontas para serem agarradas se os CSPs investirem em seu ‘core business’, permanecendo assim saudáveis e, ao mesmo tempo, articulando para acelerar a inovação e expandir seu alcance para prover novos serviços digitais, oferecendo um valor real para seus clientes. Para isso, eles devem mudar seus modelos operacionais e quebrar os silos onde atualmente operam, de modo a se tornarem capazes de se mover com a velocidade e adaptabilidade necessárias para obter sucesso”, destaca.
Oportunidades para CSPs estão em casas conectadas
A pesquisa descobriu que, conforme os consumidores investem em tecnologia conectada, mais da metade (54%) enfrenta desafios. Os problemas incluem: ser muito complicado de usar (14%), dificuldade de se conectar à internet (13%), o set-up não funciona (12%) entre outros, como a falta de personalização, preocupações com privacidade ou suporte ao cliente.
A casa está se tornando um ecossistema conectado e personalizado de serviços, e os CSPs têm uma oportunidade significativa para tornarem-se o único provedor a gerenciar o ecossistema em casa.
– 71% dos consumidores globais on-line que possuem ou planejam adquirir serviços residenciais conectados escolheriam uma operadora de telecomunicações, se fossem oferecidos a eles;
– Os CSPs foram classificados em segunda posição como os provedores preferidos para educação e aprendizagem, monitoramento doméstico, segurança on-line e armazenamento para dispositivos e serviços inteligentes;
– 49% dos consumidores escolheriam um PSC para serviços conectados de saúde.
“A disputa é para melhor servir o ecossistema digital em evolução e emergente nas residências”, comenta Venturini. “Mas com o avançar da concorrência, se os CSPs não fizerem as alterações necessárias para oferecerem rapidamente serviços hiperpersonalizados, estarão em risco de perder market share e de se tornarem organizações que oferecem simplesmente conectividade sem valor agregado, e isso significa diminuir as receitas”.
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