Embora haja uma expectativa muito grande em torno do poder econômico da internet das coisas (IoT, da sigla em inglês) e de todas as possibilidades que esse modelo traz em termos de qualidade de vida, eficiência operacional e escala, preocupações com segurança dos dados seguem em alta. O Gartner afirma, inclusive, que, para o sucesso de IoT, tecnologias de gerenciamento de acesso e identidade serão fundamentais.
Aí você deve se perguntar: isso já não existe? Sim, existe, mas a consultoria afirma que o modelo atual precisará evoluir para atender às necessidades trazidas por IoT. Em comunicado à imprensa, Earl Perkins, vice-presidente de pesquisa do Gartner, avalia que os fornecedores líderes devem reconsiderar suas abordagens tradicionais para que as ferramentas de cibersegurança e gestão de acesso e identidade possam trabalhar em um mundo onde serviços e devices serão abundantes, diferentes e posicionais em pontos diversos.
A consultoria avisa que os formatos oferecidos atualmente não oferecem escala e nem permitem o gerenciamento da complexidade que IoT traz para as empresas. Assim, com o crescimento exponencial que se espera de
internet das coisas, os provedores líderes precisarão redefinir a forma como as ferramentas trabalham, gerenciando identidade de diferentes entidades (pessoas, serviços e coisas) em um único framework.
O especialista explica que o fenômeno internet das coisas não é apenas a introdução de diferentes formatos de devices conectados em um negócio digital, mas que trata-se de uma abordagem transformacional de visualização e implantação de processos, analytics, armazenamento e comunicações. Ant Allan, vice-presidente de pesquisa da consultoria, cunha inclusive o termo identidade das coisas, que pediria uma nova taxonomia para participantes de sistemas de gerenciamento de acesso e identidade. Nesse movimento, pessoas, softwares, aplicações, serviços e dispositivos seriam definidos como entidades e todas elas deveriam ter os mesmos requerimentos de interação.