A economia e a instabilidade no mercado global podem ser o motivo principal para que empresas
diminuam seus gastos com TI e, consequentemente, reduzam alguns números no quadro de funcionários. Mas isso parece também ser a chance para a
internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) decolar.
Segundo Nathan Nuttall, diretor de pesquisa do Gartner, configurar sistemas que permitem o acúmulo de dados a partir de dispositivos inteligentes e sensores oferece às empresas a
oportunidade de criar modelos de receita recorrentes de
serviços orientados por esses dados, em vez de depender exclusivamente de vendas de produtos.
Ainda de acordo com o executivo, empresas também podem transformar os negócios de venda de produtos físicos em uma operação baseada em serviços, já que terão fluxos de receitas mais previsíveis.
Entre as melhores
Embora em estágio embrionário em muitas companhias, as iniciativas de IoT estão sendo levadas a sério – ao menos entre as empresas listadas na lista das 500 melhores da Fortune. Jason Meil, diretor administrativo de novos produtos e inovações na empresa de consultoria SSA & Company, relata que companhias ainda estão buscando maneiras de utilizar os dados que conseguem coletar e criar planos concretos.
Quer exemplos de como as empresas estão trabalhando nesse sentido? A Cisco recentemente anunciou a compra da
startup Jasper Technologies, que possui uma plataforma para internet das coisas. No ano passado, a Salesforce.com anunciou o lançamento de um
serviço em nuvem para IoT, com o intuito de ajudar empresas a gerenciar dados provenientes de
dispositivos inteligentes.
Em meados de 2015, o valor total de fusões e aquisições no mercado de internet das coisas chegou ao patamar de US$ 14,8 bilhões, superando o ano de 2014, que tinha como marca US$ 14,3 bilhões, de acordo com a 451 Research.