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Gartner: 80% dos produtos digitais será criado por profissionais de fora da TI

Até 2024, cerca de 80% dos produtos e serviços de TI serão desenvolvidos por profissionais que não são da área de tecnologia. Trata-se de uma tendência impulsionada por uma nova categoria de compradores de soluções que não faz parte da área de TI, uma vez que outros departamentos estarão em breve comprando mais do que as áreas lideradas pelos CIOs.

É o que revela um estudo do Gartner divulgado essa semana. Segundo a empresa, prova da tendência é que atualmente os gastos de TI liderados pelas áreas de negócios representam cerca de 36% do orçamento total do setor.

A consultoria diz que a pandemia de COVID-19 é parte da explicação para esse movimento, pois ela impulsionou o desenvolvimento de novos produtos e serviços de tecnologia para todas as áreas de negócios. E entre os consumidores criou uma demanda que acaba sendo sentida por departamentos fora da TI primeiro.

Além disso, diz o Gartner, as necessidades dos compradores nem sempre se encaixam perfeitamente nas ofertas técnicas dos fornecedores tradicionais.

“Os negócios digitais são tratados como uma atividade de equipes pelos líderes e não mais como domínio exclusivo da área de TI”, diz Rajesh Kandaswamy, vice-presidente de pesquisa do Gartner. “O crescimento de dados digitais, ferramentas de desenvolvimento e aplicações com Inteligência Artificial (IA) estão entre os muitos fatores que permitem a democratização do desenvolvimento de tecnologia além dos profissionais de TI.”

Segundo a consultoria, até 2023 US$ 30 bilhões em receita serão gerados por produtos e serviços que não existiam antes da pandemia.

Competição entre fornecedores

O Gartner diz que a pandemia também reduziu barreiras para quem está fora de TI e quer criar soluções tecnológicas. Esses participantes incluem profissões não-tecnológicas – ou “tecnólogos de negócios” – e incluem desenvolvedores sociais, cientistas de dados e sistemas de Inteligência Artificial.

Os fornecedores de tecnologia estão cada vez mais entrando em mercados relacionados ou em concorrência com empresas não-tecnológicas, incluindo novas companhias que inovam em serviços financeiros e no varejo. O Gartner espera que os anúncios de lançamentos de tecnologia feitos por empresas não-tecnológicas proliferem nos próximos 12 meses.

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