Funcionários do Facebook se manifestaram ao longo do último final de semana criticando o posicionamento da empresa, que manteve sem nenhum tipo de aviso uma mensagem postada por Donald Trump, presidente dos EUA, dando a impressão de que o governo autorizaria o uso de armas para conter a onda de protestos existentes no país após ao assassinato de George Floyd.
Na madrugada de sexta (29), Trump publicou uma mensagem no Twitter informando que o governador de Minnesota (que responde por Mineápolis, cidade onde o crime ocorreu), teria apoio do Exército para conter os protestos
Tradução livre: “Esses VÂNDALOS estão desonrando a memória de George Floyd e não deixarei isso acontecer. Acabei de falar com o governador Tim Walz e disse a ele que o Exército está totalmente do lado dele. Qualquer dificuldade e assumiremos o controle mas, quando os saques começarem, começaremos a atirar. Obrigado!”
Momentos depois, a mensagem foi sinalizada pelo Twitter como imprópria por incentivar a violência. Em outros casos, o texto seria removido pela empresa. Mas como o conteúdo foi publicado por uma pessoa política, a marca adota a postura de manter o conteúdo, mas diminuir o alcance.
Em paralelo, o presidente havia assinado na quinta (28) uma ordem executiva, que nos EUA tem valor de decreto, para questionar a autonomia de moderação interna que empresas como Twitter e Facebook possuem no país.
Acontece que uma mensagem similar foi publicada pela página de Trump no Facebook e nenhuma medida de restrição foi tomada pela empresa, atitude que despertou críticas em diversos funcionários, de acordo com a CNBC.
A reportagem, que colheu depoimentos de colaboradores da rede social, afirma que muitos funcionários se mostraram “desapontados” com a atitude da empresa e “profundamente preocupados” que o conteúdo não tenha sido removido.
Na sexta, o próprio Zuckerberg veio à público para esclarecer o assunto.
“Discordo totalmente de como o Presidente falou sobre isso [a atuação do governo nos protestos], mas acredito que as pessoas devem ser capazes de ver isso por si mesmas, porque, em última análise, a responsabilidade por aqueles em posições de poder só pode acontecer quando seu discurso é examinado abertamente”, explicou por mensagem.
Mesmo assim, a postura ainda está gerando questionamentos dentro da empresa.
No domingo, Trump e Zuckerberg falaram por telefone em uma conversa classificada como “produtiva” por ambos os lados. Do que foi divulgado, o fundador da rede social se comprometeu a doar US$ 10 milhões para grupos que trabalham com justiça racial, além de um investimento anula de US$ 40 milhões para entidades que atuam nesta causa.
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