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Ford aposta em combustíveis alternativos para carros

A Ford anunciou que está desenvolvendo novas pesquisas sobre combustíveis alternativos limpos, que alcancem benefícios ambientais similares aos de carros elétricos. O projeto tem duração prevista de três anos e é desenvolvido em parceria com o governo alemão.

O objetivo principal da pesquisa é testar o uso de éter para mover veículos com a mesma potência e desempenho dos modernos motores à combustão, com emissões quase zero. Um protótipo do Ford Mondeo está sendo utilizado nos testes.
Os combustíveis testados são o éter dimetílico, comumente usado como gás propelente não tóxico em aerossóis, e o éter oximetileno, um líquido geralmente utilizado como um solvente na indústria química. Ambos os combustíveis possuem potencial de gerar emissões de partículas extremamente baixas e maior eficiência energética.
Eles são gerados por biogás e gás natural e podem também ser obtidos por um processo sofisticado chamado “power-to-liquid” que usa fontes renováveis, como energia solar ou eólica, junto com o gás carbônico obtido a partir do ar.

Para Andreas Schamel, diretor de Pesquisa Global de Powertrain e Engenharia Avançada da Ford,
o uso de combustíveis renováveis alternativos, como os éteres, terão um papel fundamental no futuro.

Além disso, esse tipo de combustível é seguro, mais limpo que o diesel convencional e versátil, pois a possibilidade de armazenar energia proveniente de outras fontes renováveis, como sol e vento, permite o uso do éter em uma variedade de aplicações, de acordo com o especialista.
Novas apostas
Essa mesma tecnologia está sendo estudada em um projeto paralelo em parceria com a Universidade de Aachen, na Alemanha. A ideia é pesquisar a viabilidade de diferentes métodos de geração do éter dimelítico, visando à eficiência de conversão, os preços estimados de combustível e os aspectos de infraestrutura.

Segundo Werner Willems, especialista de sistemas de combustão da Ford Europa, esse projeto pode ajudar a criar veículos com uma redução significativa nas emissões de dióxido de carbono e de partículas, com custos acessíveis no mercado.
Estima-se que o éter dimetílico obtido de fontes renováveis poderia oferecer um ecobalanço com emissões de cerca de 3 gramas por quilômetro de dióxido de carbono.

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