A Ford quer melhorar suas capacidades de análise de dados e acelerar os passos em direção aos carros autônomos. Essas são algumas das razões pelas quais a empresa decidiu abrir um centro de inovação, batizado de Research and Innovation, no Vale do Silício (EUA). As informações são do jornal The Wall Street Journal.
O espaço, que terá 25 mil metros quadrados, ficará em um lugar não muito distante do Google, marco zero para a condução autônoma, bem como da fabricante de carros elétricos Tesla Motors.
A empresa vai aguçar suas habilidades em Big Data e, em seguida, levar o aprendizado para os negócios de forma mais ampla. “Uma de nossas estratégias é pensar na Ford não só como uma empresa automotiva, mas como uma companhia de mobilidade”, explica Mark Fields, presidente e CEO da montadora.
A fabricante planeja contratar 125 profissionais, incluindo pesquisadores, engenheiros de software e cientistas de dados até o final de 2015. Além de Big Data, a Ford vai se concentrar em pesquisa e desenvolvimento de veículos autônomos e tecnologia móvel.
A ideia é aprimorar o reconhecimento de voz para uso em veículos. A companhia também está trabalhando com a Nest, empresa do Google, para alavancar a capacidade de seus veículos de se comunicar com termostatos.
Dessa forma, a Ford junta-se a rivais como Nissan, Volkswagen, Honda e outras montadoras no fortalecimento da presença no Vale do Silício, celeiro de grandes ideias em todo o mundo.
Benefícios para os negócios
No passado, os dados coletados dos veículos da Ford pela empresa incluíam questões desde como os motoristas usam seus veículos, passando pelas forças eletromagnéticas que afetam o carro, até o feedback sobre outras condições de estrada que podem ajudar a melhorar qualidade, segurança, economia de combustível e emissões do veículo.
No futuro, a ideia é tornar os dados disponíveis não apenas para os cientistas de dados, mas para todos os engenheiros da Ford. Engenheiros terão acesso às informações por meio de uma base de dados comum no veículo ou algum outro meio. Os dados serão analisados em tempo real e poderão ajudar a Ford a determinar quais recursos são mais populares em veículos para melhorar a experiência do cliente.
A intenção é usar Big Data ainda para analisar toda a cadeia de suprimentos, incluindo dados de fornecedores, transporte de mercadorias e logística de rotas.