Fitbit tem potencial para ajudar médicos nos cuidados a pacientes em quimioterapia

Pesquisadores dizem que wearable fitness permite usar dados no tratamento

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11:45 am - 04 de junho de 2018

Rastreadores de fitness, como o popular Fitbit, têm o potencial de ajudar os médicos a prever como os seus pacientes vão reagir a um tratamento quimioterápico para poder intervir com antecedência evitando internações inesperadas em hospitais, disseram especialistas ao The Guardian.

Os pesquisadores afirmam que, no futuro, médicos poderão usar a tecnologia de várias maneiras, como prever quais pacientes não teriam bom desempenho e reações mais severas. O estudo foi apresentado na conferência da American Society of Clinical Oncologists, em Chicago.

“O que aprendemos é que podemos obter uma métrica objetiva de desempenho do paciente com o uso dessas modernas ferramentas tecnológicas”, disse Jorge Nieva, um dos autores da pesquisa. Ele disse que a tecnologia pode, com efeito, ligar os pacientes à “internet das coisas”, referindo-se a bens domésticos ou dispositivos que operem on-line.

“Todos nós temos nossos sistemas de sprinklers em casa e nossos termostatos, todos conectados à internet — não há motivo para que nossos pacientes também não devam estar conectados à Internet e tenham o potencial de ter monitoramento e intervenções inteligentes, com base em seu desempenho e funcionamento”, completou Nieva ao jornal britânico.

O novo estudo observou 65 pessoas com tumores submetidos a ciclos difíceis de quimioterapia com medicamentos que podem causar efeitos colaterais graves, como náuseas e vômitos. Depois mediram a atividade física dos pacientes das 10h às 19h, durante 60 dias usando, uma pulseira fitness da Microsoft, e então coletaram seus dados de aplicativos de smartphones. Pacientes de alta atividade e pacientes de baixa atividade realizaram o mesmo número de passos por dia, 2.564 passos e 2.261 passos.

Apenas nove dos 41 pacientes medidos obtiveram mais de 60 horas de atividade não-sedentária, mas esses pacientes tiveram “significativamente” menos hospitalizações inesperadas. Pacientes ativos, disse Nieva, estavam se levantando, cozinhando ou limpando suas casas por mais de uma hora a cada três dias, e eram menos propensos a efeitos ruins do tratamento.

 

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