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Falta de recursos humanos qualificados em TI desafia a economia global

A falta de recursos humanos qualificados para atividades em software e
serviços de TI é um tema que tem sido tratado em várias publicações do
Observatório Softex, apontando uma falta crescente de profissionais
especializados, principal insumo da área de TI, e avaliando os impactos
provocados no crescimento do setor e na economia do país. Um dos
estudos aponta para um déficit de cerca de quatrocentos mil
profissionais de TI até 2022, uma escassez capaz de gerar uma perda
acumulada de receita de R$ 139 bilhões.

Esse prejuízo, certamente, pode ser minorado por medidas adaptativas,
entre as quais a reorientação nos negócios e a adoção de novos modelos
de desenvolvimento, tomadas pelas empresas para se adaptar à falta de
mão de obra. Entretanto, é de se esperar que a capacidade de adaptação
empresarial tenha um limite, não podendo perdurar por anos a fio, o que
torna fundamental a busca por soluções mais efetivas para enfrentar o
problema.

Exemplo de atuação nesse sentido é a plataforma Brasil Mais TI,
desenvolvida pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e
da Educação (MEC), sob a coordenação técnica da Softex, e que tem por
objetivo reverter esse quadro por meio da apresentação da carreira
tecnológica como uma opção aos jovens estudantes.

É importante ter como pano de fundo para essa análise o fato de que a
falta de talentos ocorre globalmente e não se limite a determinadas
áreas de conhecimento. Pesquisa realizada pela McKinsey (Bughin, 2013),
envolvendo nove países – Alemanha, Índia, México, Marrocos, Turquia,
Arábia Saudita, Reino Unido, Estados Unidos e Brasil – mostra um cenário
de crise e indefinições, revelando que o desafio da empregabilidade não
se restringe à área de Computação e Informática e às fronteiras de um
dado país.

O desafio é global. Existe, por todo o mundo, uma quantidade elevada
de jovens desempregados paralelamente a uma escassez de talentos, ou
seja, de candidatos com as habilidades requeridas pelos empregadores. E o
cenário tende a piorar. A McKinsey estima que, até 2020, faltarão 85
milhões de trabalhadores com perfil de competências desejado pelas
empresas.

O quadro abaixo apresenta de forma resumida as ações que podem ser
adotadas no sentido de reverter esse quadro de escassez de profissionais
qualificados:

(*) Virgínia Duarte é gerente da área de inteligência da Softex

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