2017 02 9 Rudinei Santos Carapinheiro
A fabricação local é uma estratégia sob medida para empresas que desejam praticar preços ainda mais competitivos, sem abrir mão da qualidade. A belga Skylane Optics, atuante no setor de fibra óptica, apostou nesse desenho e cresceu 32% em 2016, totalizando US$ 2 milhões de faturamento. Meta é dobrar em 2017.
O pulo do gato nesse setor concorrido é que a fábrica, localizada em Campinas (SP), e inaugurada em 2014, tornou a Skylane Optics, presente há quatro anos em solo nacional, a única empresa no setor com produção local na América Latina. Ela fabrica transceptores para comunicação óptica. “São eles que dão vida à fibra. Sem os transceptores, a fibra fica apagada”, sintetiza Rudinei Santos Carapinheiro, diretor para Desenvolvimento de Negócios para Brasil, América Latina e Caribe da Skylane Optics.
Os equipamentos, portanto, saem de Campinas para integrar projetos de redes de fibra óptica até 70% mais baratos. E, no Brasil, já iluminam redes de clientes como Algar Telecom, Aloo Telecom, CCR, Cemig e Vivo.
“Com essa estratégia, conseguimos nos manter bastante competitivos e registrar crescimento de 32% em 2016. Nossa estimativa é manter a marca nesse patamar em 2017”, diz o executivo. E destaca: “O mercado de transceptores no Brasil é de cerca de US$ 40 milhões. Em 2016, fomos responsáveis por 5% dessa movimentação, ou seja, US$ 2 milhões. Nossa previsão é subir para 10% de participação, atingindo faturamento de US$ 4 milhões”.
Carapinheiro acrescenta que, com a fabricação no País, as entregas acontecem em até 24h em qualquer lugar do Brasil. “E com a vantagem de suporte técnico para a solução de eventuais dificuldades dos clientes muito rapidamente”, garante.
Economista de formação, o executivo entende que o momento de turbulência econômica, não somente no País, mas no mundo todo, fortalece ainda mais a atuação da empresa. “Hoje, temos de construir e apresentar uma solução ao cliente que proporcione além de uma evolução tecnológica para o negócio, também a possibilidade de se encaixar em um cenário de redução de orçamentos e investimentos enxutos. Estamos prontos para isso”, alerta.
Um outro fator importante destacado pelo executivo, que contribuiu para um faturamento mais robusto em 2016, foi o aquecimento do mercado com a chegada da tecnologia 5G. “Isso aumentou significativamente a demanda de equipamentos para infraestrutura de fibra óptica, considerando as atuais exigências da era digital para velocidades cada vez mais desafiadoras de aplicações, em redes confiáveis.”
Sediada na Bélgica, a Skylane, que mantém escritórios, além do Brasil, em Luxemburgo e Suécia, está na mira do crescimento das aplicações em Internet das Coisas (IoT). “Percebemos uma grande movimentação na construção de condomínios inteligentes, o que significa um grande filão para nossa operação no País.”
Mas não só de grandes projetos vive a Skylane Optics. O maior mercado da empresa mora no universo de pequenos e médios provedores de internet no interior do continente brasileiro. “Eles estão investindo muito em projetos de fibra óptica .Temos clientes em nossa carteira com redes que vão de mil a 30 mil usuários, espalhados por todo o território nacional, que inclui Amazônia, Pará e Roraima. É muito satisfatório esse desenho geográfico.”
Seu principal concorrente? “O contrabando”, responde. “Mas em se tratando de equipamentos ‘genéricos’, que não possuem a menor garantia, em algum momento vão causar danos muito custosos na rede. E estamos aqui para resolver”, finaliza o executivo para quem o ano de 2017 promete muitos outros avanços na atuação da empresa.
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