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Exemplos de previsões futuristas do passado que já estão ultrapassadas

Na primeira metade do século 20, uma parte considerável de futuristas, escritores de ficção científica e outros previram como a vida poderia ser no ano 2000 e adiante. Muitos daqueles conceitos tiveram um grande impacto na imaginação do público.

Na verdade, muitas pessoas assumem que nossos progressos em relação a tais previsões caminham a passos lentos. Mas eu estou aqui para te dizer que o futuro, esse digno de ficção científica, já está entre nós. E mais que isso, o futuro então previsto chega a ser entediante e inferior a nossa realidade.

Vamos então comparar os elementos do futuro de antes com a realidade que está acontecendo agora.

Animais de estimação robóticos

Na obsessão pelo futuro nas décadas de 20, 30 e 40, era comum que futuristas acreditassem que pets robóticos se tornariam algo normal. Alguns protótipos, inclusive, foram algo de chacota em feiras mundiais. Um robô chamado Philidog foi criado em 1928. O mais famoso, o Sparko, um cão-robô foi criado em 1940.

Eles se tratavam, na verdade, de concepções mecânicas que respondiam a uma limitada variedade de comandos. Eles eram capazes de movimentos um tanto desastrados e lentos, ligados a fios e engrenagens internas. Futuristas não tinham dúvida de que, eventualmente, computadores seriam envolvidos em projetos semelhantes e que cachorros mecânicos se tornariam em cães robóticos.

No entanto, nenhum futurista poderia prever que o poder de um computador poderia controlar pets domésticos de hoje. O exemplo mais recente é o simpático robôzinho BB-8.

Em parceria com a Disney, a fabricante de brinquedos Sphero trabalhou no design de um novo personagem do “Star Wars: o Despertar da Força”. Trata-se de um robô esférico, uma espécie de “novo” R2-D2.

O BB-8 se movimenta ao redor da sua casa por conta própria e pode ser controlado via controle-remoto ou ainda através de programas. Ele até mesmo responde a comandos de voz. (De forma hilária, ele corre em pânico se você diz pra ele: “É uma armadilha!”).

E mais, o droid da Sphero é capaz de simular comunicação holográfica, a qual você pode ver como um recurso de realidade aumentada através da câmera e tela do seu telefone.

O cérebro do BB-8 é o seu smartphone Android ou iOS por meio de um app, que sem dúvida irá ganhar novas habilidades e poderes a cada nova atualização. Mas vale ressaltar que o poder de processamento para o BB-8, no caso seu telefone, excede qualquer coisa imaginável até recentemente.

Em comparação, os futuristas da metade do século passado não haviam previsto ou imaginado o super computador Deep Blue da IBM, que conseguiu vencer do campeão de xadrez, Garry Kasparov, em 1997. O Deep Blue tinha capacidade de 11.38 GFLOPS (um GFLOP trata-se de 1 bilhão de pontos de operação por segundo), o que pode parecer insignificante perto dos 115.2 GFLOPS que um iPhone 6 entrega.

Então, quando o BB-8 estiver rodando nas dependências de sua casa, seu poder de processamento é o equivalente a mais de 10 supercomputadores da IBM do final dos anos 1990.

Mochilas-jato

Futuristas também visionaram jet packs – aparentemente acreditando que colocar um motor super potente nas suas costas seria uma forma de transporte viável.

A “mochila avião” ou jetpack é uma ideia tão atraente que, de fato, ela foi dada a décadas atrás. As jetpacks que voam em demonstrações são essencialmente versões perfeitas de conceitos dos anos 1960 e 70.

Elas também são baseadas em predições de décadas atrás que mantinham o usuário no ar por 30 segundos ou mais. Mas claro, elas também são bem perigosas. Sem falar que a nova versão da antiga mochila-avião está um tanto fora dos limites do público.

Ela está disponível para qualquer um que tiver o dinheiro e a coragem suficientes para usá-la. No vídeo acima, é possível ver como Yves Rossy e Vince Reffet usam suas jetpacks para voar como um Super homem.

Carros voadores

Dezenas de produtos para “carros voadores” têm atingido o mercado, ou farão isso em breve. A maioria destes é melhor descrita como “aviões de estrada” porque eles são, basicamente, aviões com asas dobráveis que podem ser dirigidos em solo.

A criação de carros voadores não resolveu o problema de onde você pode pilotá-los. Licenças e formação avançada para piloto são obrigatórias. Questões referentes a espaço aéreo, meteorologia, obstáculos e todos os fatores envolvidos para aviões tradicionais também se aplicam aqui.

Assim, o sonho há muito previsto de escapar de engarrafamentos de rodovias para subir aos céus não pode acontecer porque, bem, é perigoso e ilegal. Pessoas que teriam condições de comprá-los não o fazem, pois não seria muito vantajoso. Em resumo, estes veículos são inferiores a aviões e a carros. Enfim, é muito melhor, ao que parece, comprar um carro tradicional e um jato.

No entanto, um dos principais atributos do carro voador previsto era a habilidade de voar para lugares onde não há aeroporto ou pista. E essa visão está rapidamente se tornando uma realidade.

Duas empresas estão trabalhando em aviões de decolagem vertical para o mercado consumidor. Um deles é o TF-X da Terrafugia. A outra é a Trifan 600, da Xti.

Comidas em pílula

Algumas das ideias favoritas dos futuristas falavam sobre a tecnologia que nos libertaria de alguns inconvenientes relacionados à alimentação. O conceito era de que toda a nutrição que você precisaria poderia ser entregue em cápsulas, nos “livrando” dos custos de energia e tempo em realizar compras, cozinhar e lavar a louça.

Pois uma startup com sede no Vale do Silício, a Sylent, está vendendo a mesma visão em forma de pó e líquido. Ela defende o benefício de poupar tempo e que seu “menu” é amigável ao meio ambiente – você poderia sobreviver a base de Soylent custando US$ 70 por mês.

Mas bem, nós temos agora algo muito melhor de que cápsulas de comida ou mesmo Soylent. Nós temos comida de verdade que realmente é muito boa. A era futurista prevista nos anos 1950 não poderia imaginar a quantidade e a variedade de comidas que temos a nossa disposição. Talvez não precise ressaltar o óbvio de que pessoas apreciam os deleites da gastronomia, certo?

A realidade é que muito das possibilidades do mundo atual encontram ou excedem as expectativas dos futuristas de ontem.

Nós estamos cultivando comida no espaço, desenvolvendo sistemas de controle aéreo para drones, computadores avançados para nossas cozinhas, aspiradores de pó autônomos, e enviando robôs para a pré-escola para aprender da forma como bebês aprendem.

Ainda não temos colônias na lua, mas temos robôs em Marte. Estamos pousando em asteróides e tirando panorâmicas muito próximas de Plutão.

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