80% dos executivos no Brasil pagariam resgate se afetados por ransomware

Segundo pesquisa da Kaspersky, quase 70% dos entrevistados já pagou pela liberação de documentos

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9:27 am - 19 de maio de 2022
Imagem: Shutterstock

A maioria dos líderes brasileiros pagaria um pedido de resgate caso se vissem diante de um novo ataque ransomware, revelou novo relatório da Kaspersky. O estudo “Como os executivos de empresas interpretam a ameaça do ransomware” mostrou que 56% das empresas do país já foram atacadas.

Segundo o relatório, quase 68% dos entrevistados no Brasil afirmam que já pagaram pela liberação de documentos. Além disso, as organizações que foram vítimas de ransomware estão mais propensas a desembolsar o resgate no caso de um novo ataque (88%).

O estudo sugere que o pagamento do resgate parece ser visto pelo alto escalão das organizações como uma forma confiável de resolver o problema. Uma importante informação que indica como os líderes de organizações brasileiras reage ante o sequestro de dados é que 41% deles pagariam imediatamente o resgate para ter acesso aos dados criptografados — ou seja, para quase metade dos líderes, essa medida é a melhor solução.

Leia também: Ransomware: um quarto das organizações que pagam resgate não recupera dados

O relatório mostra ainda que 54% das empresas preveem que ocorrerá um ataque contra sua empresa em algum momento, pois consideram esta ameaça como o cibercrime mais provável de acometer seus negócios.

Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil, entretanto, alerta para esta forma de “resolução” das organizações.

“Como o principal impacto desse ataque é a paralização da empresa, os executivos são forçados a tomar decisões favoráveis ao pagamento dos resgates. Contudo, nunca é recomendável dar dinheiro a cibercriminosos, pois isso acaba incentivando novos ataques e não garante a recuperação dos dados bloqueados. Nossa recomendação às empresas é que foquem na prevenção do incidente, seguindo boas práticas de segurança em processos e pessoas e adotem uma tecnologia de ponta para bloquear as tentativas de ataque”, aconselha Rebouças.

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