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Ex-funcionário da SoftBank é acusado de roubar informações sobre 5G para vender à Rakuten

Um ex-funcionário da SoftBank foi preso acusado de roubar informações da empresa e repassar para a concorrente Rakuten. De acordo com o Financial Times, a acusação alega que o ex-empregado revelaria informações confidenciais da divisão de telefonia móvel da empresa, mais especificamente sobre sua tecnologia para estações-base de redes 4G e 5G. A SoftBank alega que o roubo seria para ajudar a incursão da Rakuten nas telecomunicações, em um momento em que o grupo de comércio eletrônico buscava se tornar a quarta operadora de telefonia móvel do Japão.

Na terça-feira (12), Yoshihisa Yamada, Presidente da Divisão de Telefonia Móvel da Rakuten, confirmou em comunicado, a detenção do empregado e disse que a companhia cooperaria plenamente com a investigação policial. No entanto, a Rakuten Mobile afirmou que não tinha nenhuma informação secreta roubada sobre as redes 5G e que sua investigação interna não encontrou indícios disso.

Ainda assim, a SoftBank, segundo o Financial Times, disse que planeja abrir um processo contra a Rakuten Mobile a fim de impedir a rival de usar seu know-how, e que está considerando solicitar indenização ao seu ex-empregado.

“Nossos segredos comerciais estão instalados no computador da Rakuten Mobile que nosso ex-empregado usa no trabalho, e acreditamos que exista uma forte possibilidade de que a Rakuten Mobile esteja usando esses segredos de alguma forma”, disse a SoftBank.

De acordo com a publicação, a disputa entre as duas rivais tecnológicas se aprofundou depois que a Rakuten entrou no mercado de telefonia móvel no ano passado, com uma rede própria e ofertas de preços que prejudicam as perspectivas de lucros das quatro operadoras japonesas. A tensão é ainda maior devido à pressão do primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, que vem exigindo repetidamente que elas reduzam os preços da telefonia móvel, diz o jornal.

A polícia de Tóquio confirmou que deteu um homem por transferência ilegal de informação e que ele supostamente teria acessado segredos comerciais no servidor de computação em nuvem da empresa vítima em dezembro de 2019, e os enviado à sua conta pessoal de e-mail. O SoftBank disse ter percebido o suposto roubo em fevereiro do ano passado, e que depois disso apertou suas medidas de segurança.

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