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Evolução do mercado bancário só foi possível em razão da TI, afirma Febraban

O mercado bancário brasileiro é reconhecido internacionalmente por ser um dos mais avançados tecnologicamente. Não é à toa. Os bancos no Brasil investem R$ 21,5 bilhões em tecnologia da informação, segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2014, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). “A evolução no mercado bancário não teria sido possível sem TI, tornando o banco acessível para milhões de pessoas, em locais remotos e em qualquer horário do dia”, ressaltou Murilo Portugal, presidente da Febraban, durante a abertura do CIAB 2015, evento anual organizado pela entidade.

Portugal destacou ainda que TI imprimou agilidade, segurança e contribuiu sobremaneira para aumentar a bancarização, que saltou de 50 milhões em 2012 para 108 milhões no ano passado. “Por isso, nosso setor investe pesado, com crescimento de aporte de mais de 6% ao ano desde 2010”, completou.

Como parte da evolução a TI no segmento, o executivo lembrou o salto dos canais digitais. Em 2014, foram registradas 47 bilhões de transações bancárias, sendo metade por esse meio. Antes do lançamento do internet banking, no final dos anos 90, os canais tradicionais eram as agências e os caixas eletrônicos, que não deixaram de existir, mas crescem a taxas mais tímidas. Hoje, são 28 agências para cada cem habitantes e 249 ATMs por cem habilitantes, sendo 60% dessas máquinas com tecnologia biométrica. 

Para Portugal, não há dúvidas: os canais internet e mobile banking são o futuro. Tanto que em 2010, 1 milhão de contas estavam habilitadas para mobile banking. No ano passado, o número saltou para 25 milhões de contas aptas a realizar transações por esse canal. “A combinação de telefones celulares móveis inteligentes com mídia social, cloud computing e análise de grandes volumes de dados, está transformando a indústria bancará no mundo todo. Esses serão os temas que abordarem nos próximos dias”, adiantou.

Ele lembrou que os desafios impostos pela economia atual são enormes, mas ele mostra-se otimista em relação ao futuro. “Embora estejamos em um momento difícil, já estivemos antes e avançamos muito”, refletiu, completando que o setor financeiro tem papel de protagonista no cenário atual e têm sido parte da solução e não do problema, como acontece em outros países.

O subsecretário de Tecnologia e Serviços ao Cidadão do Governo do Estado de São Paulo, Julio Semeguini, endossou a importância da tecnologia no setor e nas demais economias do País e relatou que o governo tem apoiado investimentos em TI. “Por meio do programa Investe SP, por exemplo, incentivamos que empresas de fora possam vir para cá, aumentando o emprego local. Em 2014, foram mais de 10 mil postos de trabalhos gerados nesse segmento”, enumerou. Ele também apontou que a pesquisa tem evoluído em solo nacional, especialmente entre a iniciativa privada, responsável por 63% das ações.

25 anos de CIAB
O maior evento de tecnologias bancárias do País neste ano tem um gosto especial para a Febraban, já que marca 25 anos de realização. Gustavo Fosse, diretor Setorial de Tecnologia Bancária da Febraban, lembrou que o CIAB tem-se posicionado como percursor de oportunidades de negócios no setor financeiro, que está em constante busca por soluções inovadoras.

“A envergadura do CIAB faz jus ao papel do Brasil como grande consumidor de tecnologia”, assinalou. Com a sociedade migrando para um perfil hiperconectado e com a efervescência tecnológica atual, a tendência é que o setor evolua ainda mais, observou.

Ao falar na abertura do evento, Fosse lembrou que na primeira década do CIAB havia a preocupação em levar para o público assuntos de vanguarda como melhoria de processos e a massiva adoção de soluções de segurança. “Tivemos discussões relevantes sobre banco virtual, internet e as perspectivas para 2000, década marcada pelos novos sistemas de pagamento brasileiros”, comentou.

O executivo acredita que o CIAB se consolidou como um marco na história da TI. E ao longo dos anos ganhou mais corpo. No ano passado, por exemplo, recebeu 15,4 mil visitantes. Para 2015, a expectativa é de que 17 mil pessoas de 24 países circulem pelos corredores do evento e participem das palestras. Além disso, mais de cem expositores mostrarão o futuro da tecnologia bancária.

“Passados 25 anos, é impressionante ver a evolução do mercado. O CIAB é um marco para a automação bancária. Estamos vivendo a era dos bancos digitais, que cada ano ganham cada vez mais a preferência do consumidor brasileiro”, resumiu. 

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