Estudo mostra como criminosos usam redes da Meta para aplicar golpes

Levantamento aponta que a Meta falha em remover contas fraudulentas envolvidas em esquemas financeiros

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1:01 pm - 07 de fevereiro de 2025
Imagem: Shutterstock

O Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicou um estudo sobre a presença de anúncios fraudulentos em plataformas da Meta, como Facebook, Instagram e WhatsApp. A pesquisa identificou 1.770 anúncios maliciosos veiculados por 151 anunciantes, além de 87 sites fraudulentos. Os golpistas se aproveitaram da desinformação gerada em torno da Instrução Normativa 2.219/2024, da Receita Federal, que estabelecia novas regras para o compartilhamento de informações financeiras.

A instrução normativa foi revogada pelo governo federal em 15 de janeiro, após uma onda de notícias falsas alegando que a medida resultaria na taxação de transações via Pix. Segundo o NetLab, a decisão de revogar a norma não conteve a propagação dos anúncios fraudulentos, que aumentaram 35% nas plataformas da Meta após o recuo do governo. Em 40,5% dos casos analisados, os golpistas fingiam representar o governo federal e utilizavam nomes como “Resgata Brasil”, “Benefício Cidadão” e “Compensação da Virada” para atrair vítimas.

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O estudo também apontou que 70,3% dos anúncios fraudulentos utilizaram ferramentas de inteligência artificial para manipular imagens e vídeos. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) foi o mais explorado pelos golpistas, aparecendo em 561 anúncios adulterados, muitos dos quais publicados após a revogação da norma. Entre as técnicas utilizadas, estavam deepfakes e edições de vídeos para fazer parecer que figuras públicas estavam promovendo serviços inexistentes.

O NetLab observou que os golpistas direcionam os anúncios fraudulentos a públicos específicos utilizando as ferramentas de segmentação da Meta. A pesquisa indica que essas plataformas oferecem pouca transparência sobre como os dados dos usuários são tratados e apontam falhas nos mecanismos de verificação de anunciantes.

*Com informações da Agência Brasil

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Redação

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