Estratégia de dados: um passo rumo ao IoT

Mais um ano se inicia e o sentimento de renovação nos faz desejar novos planos, mudanças, caminhos inéditos. Mas a verdade é que, na jornada da transformação digital, teremos, nos próximos meses, a continuidade de discussões primordiais – e que ainda precisam amadurecer. Mais do que nunca, manteremos os debates sobre inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e outras tecnologias emergentes, que permeiam os sonhos de consumo de empresas e executivos dos mais variados setores.

Estamos apenas no início desse movimento. O relatório “Winning in IoT – It’s all about the business processes” (Ganhando em IoT – É tudo sobre os processos de negócios, em tradução livre), desenvolvido pelo The Boston Consulting Group (BCG), aponta que, até 2020, as empresas gastarão cerca de U$S 290 bilhões com investimentos nessa tecnologia.

Desse total, no período de cinco anos (2015-2020), as aplicações e análises de internet das coisas – que possibilitam a compreensão dos dados e a geração de insights significativos – chegarão, respectivamente, a U$S 60 e U$S 20 bilhões em investimentos.

Apesar das estimativas generosas, o momento é de descoberta do valor da IoT aplicada ao negócio. Temos que ser pacientes diante da realidade: a internet das coisas, explorada em todo o seu potencial, ainda não existe. O que já acontece, segundo o BCG, são usos específicos da tecnologia para solucionar alguns desafios de negócios, como aumentar a satisfação do cliente ou desenvolver novos modelos de negócios, baseados em estratégia de dados.

O estudo confirma o que venho falando nas últimas semanas: compreender como os dados gerados por sensores e outros dispositivos serão usados é nosso desafio de ano novo na era das coisas conectadas. Essa gestão inteligente das informações deverá estar vinculada aos marcos da organização – como aumentar receitas e reduzir custos, basicamente.

Aos poucos, organizações de diversos segmentos evoluem no sentido de compreender que internet das coisas e inteligência artificial devem compor uma estratégia mais abrangente, e não apenas alimentar o desejo de adoção de tecnologias inovadoras. Somente assim, a estratégia de dados poderá ganhar tração e permitir a extração de valor das informações para desenvolvimento de soluções e produtos, criação de experiências únicas e crescimento das empresas.

Em tempo: desejo a todos os leitores um feliz 2018, repleto de dados e análises estratégicas para os próximos meses (e anos)!

*Marcelo Sales é diretor de Produtos e Soluções da Hitachi Vantara LATAM

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