Está na hora de carteiras virtuais decolarem?

Que a era digital trouxe uma porção de facilidades para os consumidores, isso é fato. Mas, dentre tantas opções, algumas ainda irão demorar a decolar, como no caso das carteiras virtuais. Apesar de atraentes e de ter como foco a simplificação no quesito compras, a adoção dessa tecnologia parece não sair do lugar.
Por que, então, os consumidores não migram para a terra prometida do Apple Pay, Android Pay, Samsung Pay e outras tantas carteiras digitais? De acordo com Jacob Morgan, analista da Forrester, eles estão, mas não no passo desejado.
Um exemplo de sucesso das carteiras virtuais pode ser visto na China. Alipay e WeChatPay são dois players que estão modificando esse mercado no país e entregando não apenas uma nova experiência de compras, mas também agendamento para consultas em hospitais, pedir táxis, visto ou até mesmo impostos.
Os números falam por si: 420 milhões de cidadãos chineses utilizaram a plataforma do WeChat para enviar seus tradicionais “envelopes vermelhos” com dinheiro no Ano Novo Chinês – quase o dobro de transações registradas pelo PayPal durante todo o ano de 2015.
Mas, ressalta Morgan, a China é um caso a parte, porque as carteiras virtuais aterrissaram no país sem concorrência. Do outro lado do mundo os desafios aparecem: mercados competitivos, fornecedores fragmentados, medos de desintermediação de bancos e emissores de cartões, problemas de confiança por parte dos consumidores.
“As carteiras virtuais dão às companhias ricos dados, mudam o modo como elas podem oferecem serviços, atingem seus consumidores e entregam experiências digitais mais atraentes”, afirma o analista. É preciso agir agora, completa.