Era da transformação digital vai muito além da tecnologia
A era da transformação digital já está batendo à porta das empresas de modo inegável. Esse conceito, que aborda mudanças associadas ao uso das tecnologias digitais nos mais variados aspectos da sociedade e dos negócios, tem viabilizado novos tipos de inovação que vão muito além do simples aprimoramento de transações e métodos de trabalho tradicionais.
Para tornar o cenário ainda mais desafiador, essas mudanças estão ocorrendo em velocidade impressionante. Se antes empresas podiam aguardar meses para observar e planejar reações, na era da transformação digital, elas correm o risco de ficar para trás e perder muito espaço para os concorrentes, caso não estejam preparadas para oferecer aquele novo software para atender aquela demanda específica.
Então, como as organizações podem acompanhar esse ritmo e ter o mundo digital como aliado, e não inimigo? Um dos segredos é contar com parceiros que possam acompanhá-las ao longo dessa jornada de transformação, desenvolvendo ou promovendo a evolução de produtos digitais que possam proporcionar experiências inovadoras aos usuários cada vez mais exigentes em termos de funcionalidade, qualidade e agilidade para apresentar respostas.
Esqueça parceiros que ainda usam antigos modelos de fábrica de software ou consultoria especializada em alocação de profissionais, no mais velho estilo “bodyshop” para desenvolvimento de aplicações. Nenhum dos dois formatos é capaz de cumprir requisitos exigidos na era da transformação digital – gerar valor proporcionando experiências ricas e relevantes a partir de produtos digitais personalizados com base no comportamento do usuário final.
Mais do que simplesmente dominar tecnologias, ferramentas de desenvolvimento e certificações, é preciso que esse parceiro para a jornada digital tenha uma abordagem única e holística para entender e atender às demandas de cada cliente e seus negócios. É preciso reconhecer que não há uma fórmula mágica de sucesso que se aplica a todos os casos e que possa ser registrada em um processo de fabricação de software. O parceiro deve trabalhar considerando a cultura da empresa atendida e ter em vista que os requisitos e os produtos digitais podem evoluir ao longo do tempo, acompanhando a dinâmica do mundo on-line.
Em outras palavras, o desenvolvimento de produtos digitais está menos concentrado em processos e ferramentas em favor dos indivíduos e interações – pode-se abrir mão por alguns dias da documentação para colocar a mão efetivamente na criação; por que não trabalhar em colaboração com o cliente e deixar um pouco de lado a negociação de contratos? E, por fim, é necessário empenhar-se para apresentar respostas às mudanças nos requisitos em vez de seguir um plano imutável. Tudo isso, junto e misturado, certamente é o que os negócios digitais de sucesso buscam e continuarão buscando em seus parceiros ao longo da era da transformação digital.
*Renato Bolzan é diretor de Novos Negócios da S2IT