Empresas de TI do Brasil lideram contratações na América Latina

Empresas brasileiras de TI lideram contratações na América
Latina nos últimos 12 meses. Segundo edição 2014 do Censo realizado pela
Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação
(Assespro Nacional), praticamente 90% das organizações brasileiras contrataram
novos colaboradores nesse período, com média de 33 pessoas por companhia.
O índice supera a média de contratação da região, que aponta
que 85% das companhias contrataram 30 funcionários. Em contrapartida, os desligamentos
(voluntários ou não) também foram altos: média de 31 pessoas, contra 21 na
América Latina.
“Não foi um ano fácil para o setor de TI. O calendário
apertado por conta da Copa do Mundo e Eleições aliado às questões econômicas e
políticas seguraram parte do crescimento das empresas”, afirmou Luis Mario
Luchetta, presidente da Assespro Nacional, em nota.
A estagnação econômica também resultou no baixo investimento
do setor de tecnologia de informação em pesquisa e desenvolvimento: uma em cada
cinco empresas brasileiras não realizou nenhum investimento na área. Dentre as
que realizaram, as prioridades foram aplicações de sistemas de informação (38%),
criação e gerenciamento de softwares (29,3%) e sistemas de informação em World
Wide Web (25,6%).
O estudo analisou 814 organizações em 19 países da região. As
brasileiras correspondem a 53% das respostas fornecidas. Em seguida, aparecem Colômbia,
Argentina, Equador e Paraguai entre os países com maior representatividade.
Cenário
O Censo da Assespro também revela a maturidade e solidez das
companhias de TI do Brasil. A pesquisa indica que mais da metade possui entre
14 e 28 anos de existência, enquanto apenas 39% delas foram criadas no século
21. Na América Latina, o cenário é inverso, com mais fundações ocorrendo nos
últimos 15 anos.
As companhias nacionais também privilegiam o mercado
interno, ao invés de lançarem-se em negócios internacionais. O mapeamento
destaca que 83% delas não realizam qualquer tipo de exportação. Por outro lado,
o comportamento das empresas dos outros 18 países é diferente, sendo que mais
da metade realiza negociações com companhias estrangeiras.