Nos últimos dias, o bitcoin registrou cotação de valor acima de US$ 500 – o maior alcançado desde novembro de 2015, quando a moeda ultrapassou o valor antes de estabilizar em US$450.
Segundo a CoinBR, empresa especializada em serviços de
blockchain no Brasil e na América Latina, a alta histórica da moeda virtual aconteceu devido a desvalorização do yuan chinês.
“Um ajuste de apenas 0,3% na cotação do yuan chinês, realizado no último dia 26 de maio, levou a uma alta na demanda pela moeda digital, com valor atingindo o máximo de US$ 550 por unidade na maior casa de câmbio de bitcoins do mundo, a OKcoin, da China”, explica Safiri Felix, CEO da CoinBr.
A desvalorização do yuan em relação ao dólar feita pelo Banco Central da China levou a moeda local ao nível mais baixo dos últimos cinco anos. “Com o yuan baixo e 95% das negociações de bitcoin do mundo ocorrendo na China, ficou claro que o preço ia subir, e subiu”, comenta Felix.
No Brasil, o bitcoin segue comercializado acima de R$ 2 mil, refletindo a crescente demanda local, com o mercado movimentado acima de R$ 1 milhão diariamente. Além do yuan valendo menos, o protocolo da moeda se prepara para mudanças em junho, com a redução pela metade na capacidade mundial de mineração de bitcoins. Essa redução de capacidade é prevista e ocorre a cada 4 anos.