No ecossistema das startups, o termo Edtechs é um acrônimo do idioma inglês juntando tecnologia e educação. Neste segmento os empreendedores brasileiros estão indo muito bem, com empreendimentos que estão facilitando o processo de aprendizagem de milhões de pessoas.
Já são cerca de aproximadamente 400 startups, formalizadas, segundo pesquisa de 2018 da Associação Brasileira de startups (ABStartups), que vem contribuindo para o processo de melhoria na educação no Brasil.
Como professor universitário, acredito que este movimento das Edtechs é muito saudável para o sistema educacional brasileiro, onde o ensino formal e regular já encontra muitas dificuldades para formar profissionais aptos para enfrentar os desafios emergentes de um novo mercado de trabalho, caracterizado pela transformação digital e mudanças bruscas e rápidas no cenário social e econômico.
Apesar da sua relevância, os cursos de graduação tem uma duração média de 4 anos, um tempo que em áreas como gestão ou tecnologia da informação pode ser muito longo entre o conhecimento repassado entre o primeiro e oitavo período. Como eixo de conhecimento central eles continuam sendo fundamentais, mas encontram dificuldades para contemplar as demandas pontuais surgidas das mudanças e inovações que surgem a cada momento.
Como a lógica é sempre de resolver alguma “dor” identificada no mercado, as Edtechs crescem seguindo esta linha. Empresas como a Gama Academy têm como enfoque principal a formação de profissionais para o mercado de empresas de tecnologia e de startups. Já a Escola Conquer, nascida no Vale do Silício, prioriza as habilidades práticas e comportamentais por meio de uma metodologia de ensino inovadora.
A chegada da Udemy ao Brasil, há quase 2 anos, está democratizando o acesso a cursos de qualidade, de curta duração e baixo investimento para os alunos de inúmeras áreas. O reconhecido market place já disponibiliza mais de 100 mil cursos em diversas plataformas.
Até no importante setor de negócios de impacto social, as Edtechs que estão se proliferando a passos largos. São startups como a catarinense Signa, uma escola online com um amplo portfólio de cursos em Libras, que contempla um mercado de cerca de 9,7 milhões de deficientes auditivos brasileiros.
O case de sucesso do Descomplica, que se posiciona como o maior “cursinho do Brasil”, direcionado para o ENEM e vestibulares em todo o País, demonstra o potencial de crescimento latente das Edtechs nacionais.
Merece destaque também o excelente trabalho desenvolvido pela Future Education, uma aceleradora de startups de SP, voltada exclusivamente para Edtechs.
A educação brasileira, seja no sistema regular ou profissionalizante, tem cada vez mais a aprender com a trajetória das Edtechs, que estão revolucionando a forma do brasileiro aprender e contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento da economia e transformação da sociedade brasileira.
*Marcelo Bárcia, é Professor Universitário e Mentor de startups.
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