A evolução das tecnologias móveis e o apetite por digitalização fizeram surgir a Economia do Gigabit, na qual despontam alto desempenho e largura de banda a um baixo custo, em meio a virtualização de máquinas e proliferação de dispositivos móveis inteligentes. Nesse cenário, a nuvem será protagonista. Essa é a opinião de Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm América Latina.
“Quem tiver uma conexão de 1GB ou mais, com latência de 10 milissegundos ou menos, poderá dispensar qualquer dado na memória do aparelho, enviando tudo para a nuvem”, acredita. Segundo ele, essa é uma possibilidade com conexões 4G, mas no mundo 5G será potencializada, permitindo que esse seja o novo normal.
Contudo, para fazer com que essa 'mágica' aconteça, como definiu o executivo, será preciso muito mais banda do que a disponível hoje. O mercado, segundo ele, caminha para que isso aconteça. “Estamos bem posicionados para tornarmos o quadro realidade. Vamos sair à frente, assim como saímos com 4G”, acredita, lembrando que 2018 marcará o desenvolvimento do novo padrão e 2020 os primeiros sistemas maciços de 5G. “5G é uma quebra de paradigma, porque estamos falamos da interface de uma onda nova de rádio, desenhada de forma nova. Uma de suas uma das premissas é velocidade, outra é quantidade de usuários e diversidade.”
De acordo com ele, a Qualcomm está participando de discussões sobre o tema, desenvolvimento e testes, o que fez com que a empresa criasse uma série de patentes para 5G. Ele pontuou, em entrevista ao IT Forum 365, que a 5G será uma rede evolutiva, assim como foi a 4G, e o caminho está sendo trilhado.
Essa evolução, no entanto, prosseguiu o executivo, vai precisar de grande apoio de tecnologias de dentro dos dispositivos móveis, que se tornam cada vez mais inteligentes, com autonomia de bateria mais longa e suporte a todas as novidades que ainda virão por aí.
Steinhauser lembra que o momento atual é de estagnação do crescimento dos smartphones, muito em função de poucos avanços nos aparelhos. Hoje, as novidades são mais incrementais do que inovações propriamente ditas. Ele assinala, contudo, que o novo agora vem na forma de velocidade de acesso a aplicativos e vídeos e autonomia da bateria. E são as tecnologias que compõem o aparelho, como microprocessadores, que vão permitir que tudo isso aconteça.
“Um dos desafios da indústria é fazer com que a bateria aguente, além de garantir carregamento mais rápido. A indústria já fala de baterias tridimensionais que vão fazer melhor uso do espaço físico e garantir esses benefícios. Mas isso tem a ver com densidade do semicondutor”, explica o presidente da Qualcomm América Latina.
Tudo conectado
Hoje, o mundo conta com 6 bilhões de celulares. Esse número saltará rapidamente. “Mas em breve serão 22 bilhões de dispositivos conectados e essa quantidade de 'coisas' vai exigir confiabilidade, algo que requer nova geração de smartphones”, assinala, acrescentando que, sem dúvida, confiabilidade é nova barreira que a mobilidade vai vencer.
E conectividade vai ser ponto central nessa cadeia, na visão do executivo. Tanto que a Qualcomm, projetando o salto no segmento, decidiu reforçar sua estratégia na área. “Fizemos aquisições que nos colocaram no mundo da conectividade na casa das pessoas e nas empresas”, explica. Uma das companhias adquiridas que ajudaram a fortalecer sua atuação em conectividade e internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) foi a CSR, por US$ 2,4 bilhões.
Há um ano, conforme explica Steinhauser, conectividade era responsável por uma pequena parcela nos negócios da empresa na América Latina. Foi então quando a fabricante decidiu criar uma área para tratar do tema e impulsionar sua estratégia no segmento.
Embora não cite números, o executivo conta que as ambições são grandes nesse contexto, em função do crescimento de dispositivos conectados à rede e uma demanda latente por conexão. Naturalmente, todo a indústria quer um pedaço desse mercado em expansão, mas Steinhauser garante que a empresa está um passo adiante e faz mistério ao dizer que em breve novas soluções vão mostrar que a companhia californiana está no caminho certo.
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