Digital: por onde começar? Fiap lista caminhos

O mundo está cada vez mais rápido e diversas empresas são disruptadas pela transformação digital. Esse cenário gera uma competição sem precedentes e as companhias que mantiverem antigos modelos de atuação tendem a morrer. Mas como mudar uma organização, algumas delas centenárias, para o digital?

Pensando nessa pergunta e olhando iniciativas e sucesso no mercado, a instituição de ensino Fiap construiu um digital framework, que integra todos os caminhos necessários e itens que devem ser levados em consideração para chegar lá. “Estamos falando de mudar radicalmente a forma de fazer negócios baseado em tecnologia e competências”, alertou Guilherme Pereira, professor da Fiap, em apresentação no IT Forum, que segue até 23 de abril, na Praia do Forte (BA).

Segundo o professor, a empresa tem de pensar com base em duas frentes: o hoje, composto pelo cenário atual e proposta de valor presente; e o amanhã, que se mune de cenários futuros e proposta de valor futuro. Tudo isso molda o roadmap de transformação. “É preciso criar um farol, um guia para o futuro”, comentou.

> Leia a cobertura completa do IT Forum 2017

No detalhe, Pereira ensinou que muitas são as alavancas de transformação do modelo de negócios, incluindo elementos como sistemas de aprendizado organizacional, processos internos, cadeia de negócios, marketing e canais e supply chain. Esses, por sua vez, devem ser alimentados por espaços de experimentação e geração de aprendizado; modelos de gestão e liderança; espaços de negócios para a transformação; e engajamento, comportamento e práticas.

Parece complexo. Mas o professor contou que o pulo do gato para o sucesso da iniciativa de transformação digital é escolher bem por onde começar e depois avançar. “Empresas que foram bem-sucedidas nessa virada, adotaram essa postura”, disse.

Da teoria à prática
Como exemplo dessa estratégia, Pereira citou a Amazon. Ele lembrou que a empresa iniciou seus trabalhos vendendo livros e agora sua filosofia é “criar novas e distintas experiências de consumo que ninguém jamais pensou”, como diz o fundador da empresa, Jeff Bezzos.

As diretrizes da organização digital da Amazon, listou o professor, incluem três grandes pilares:

  1. Garantir uma experiência de consumo sem atrito
  2. Criar plataformas que, em si, sirvam para os consumidores da melhor e mais rápida forma possível
  3. Desenvolver opções de crescimento para a empresa que não dependem somente de ativos físicos

A Amazon também criou uma série de mecanismos para amplifificar seu posicionamento. Exemplos não faltam, como o Amazon Lab126, voltado para criar espaços de experimentação. Já o Alex Fund, conta com um fundo de US$ 100 milhões para o desenvolvimento de soluções e tecnologias baseados em voz. “A Amazon mostrou que não é preciso ter medo, porque isso motiva. Ela usou o medo como algo positivo”, finalizou ele.

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