Durante debate realizado nesta quinta-feira (5/3) com o ministro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, deputados criticaram o baixo investimento feito pelo País na área de ciência e tecnologia.
Para o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) o orçamento da pasta ocupa a 30ª posição na ordem de valores, entre os ministérios do governo. Ele lembrou ainda que esse orçamento vem sofrendo contingenciamento por parte do governo, da ordem de 20% a 30%. Segundo ele, com os investimentos apropriados, a área poderia contribuir muito para o desenvolvimento do País, especialmente em biodiversidade.
O deputado Julio Cesar (PSD-PI) também chamou atenção para os baixos investimentos no setor, em comparação com os países desenvolvidos. “País nenhum no mundo se desenvolveu sem investimento em educação e em ciência e tecnologia”. Além disso, salientou o baixo número de patentes brasileiras. “O número representa menos de 2% das patentes norte-americanas, que é o campeão do mundo”, afirmou. “É um número irrelevante para a dimensão do nosso PIB.”
Já o deputado Evandro Rogerio Roman (PSD-PR) acredita que o investimento público no Brasil na ciência já existe, porém faltariam investimentos na inovação tecnológica. “Temos que trabalhar com ciência aplicada”, destacou.
Na visão da deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), o Brasil ainda engatinha no processo de transformação de ideias em produtos e serviços, apesar de a produção científica ser três vezes maior do que a média mundial nos últimos anos.
“Nossa produção científica ainda está dentro dos muros das universidades. Isso precisa ir para a rua, para a produção. Menos de 5% dos pesquisadores estão nas empresas”, disse a parlamentar.
O deputado Danilo Forte (PMDB-CE) acredita que para desburocratizar as parcerias entre empresas, universidades e centros de pesquisa é preciso, por exemplo, permitir que as empresas possam receber doações de empresas privadas para desenvolver tecnologia.
*Com informações da Câmara dos Deputados