data center
Há diversos fatores que influenciam o correto funcionamento de um data center. Dentre eles, a gestão de carga térmica é o mais crítico, pois precisa considerar todo o calor dissipado pelo conjunto e administrar equipamentos de ar condicionado, corredores, espaço físico e qualquer outra infraestrutura necessária para que a temperatura se mantenha no patamar desejado, levando em conta que a climatização responde por 40% do custo energético total, além de ser a principal responsável pelas máquinas não pararem e os custos não aumentarem.
Porém, para que se alcance a máxima eficiência possível com a adequada gestão de carga térmica, a modelagem é essencial, tanto em upgrades ou downgrades de sistema quanto na primeira implantação do data center, que já deve prever modificações para os dez anos seguintes, que é a vida útil média do data center. Esse planejamento é necessário porque, uma vez instalados os servidores, mudá-los de lugar é muito difícil.
A modelagem pode ser entendida com um desenho do data center, com a correta alocação de máquinas, corredores frios e quentes, ausência ou presença de pisos elevados (com ou sem cabeamento por baixo) e outros aspectos que irão influenciar no fluxo do ar. A modelagem ineficiente pode diminuir a vida útil do sistema, gerar maior consumo de energia e, consequentemente, maior custo. Se os primeiros 40kW não forem alocados corretamente, por exemplo, pode-se ter uma perda potencial de 60kW, atingindo-se apenas 140kW da capacidade total esperada, que seria de 200kW.
Felizmente, a tecnologia pode ajudar a evitar esse cenário, combinando modelagem e gestão de carga térmica. Os softwares CFD (Computacional Fluid Dynamics), indicados para data centers de médio e grande porte, cumprem esse papel ao permitirem simular o funcionamento do sistema de ar condicionado do data center e modelar a sala quanto ao número de máquinas, racks e interferências no fluxo de ar.
No entanto, a taxa de assertividade do CFD é proporcional aos dados inseridos no software, por isso, só a tecnologia não é suficiente. O ideal é que por trás do CFD existam profissionais capacitados. Há no mercado empresas especializadas, com equipes qualificadas e de alta performance, que avaliam as informações trazidas pelo cliente e identificam a necessidade de uma visita técnica para fazer medições. Esse grupo de profissionais também deve ser capaz de propor as modelagens mais adequadas, com vistas à melhor eficiência energética do sistema, considerando diferentes cenários de implantação que ofereçam resiliência e retorno sobre investimento, com diminuição da recirculação e do ar de by-pass, a partir de análises e cálculos. Com esse cuidado, mesclando a inteligência das máquinas com o alto potencial do ser humano, a taxa de acerto do CFD pode chegar a 99%.
Então, reflita: se a modelagem incorreta pode causar perdas potenciais e a parada completa do data center, imagine o que a melhor combinação entre modelagem e gestão de carga térmica pode fazer pelo seu negócio.
Portanto, avalie usar o serviço de modelagem e gestão de carga térmica proporcionado pelo CFD e por técnicos especializados no seu próximo ou atual projeto de data center. Essa decisão certamente fará com que você tenha um ambiente mais preparado para enfrentar a crescente demanda do mercado por serviços inteligentes de TI.
*Roberto Rangel é Especialista em Comissionamento na Innovative, empresa do grupo Aceco TI. Marcos Santamaria é Consultor de Climatização na Aceco TI
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